Salesianos libertam presos esquecidos na cadeia

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Por Só Notícia Boa
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Foto: InfoANS

Salesianos conseguiram a liberdade do primeiro dos 80 presos “esquecidos” nas cadeias de Serra Leoa, que é muito pior do que as masmorras brasileiras.

A Pademba Road, em Freetown, por exemplo, foi projetada para 300 detentos, mas abriga quase 1.400.

Musa Brima, que e estava na cadeia havia “cinco anos, 10 meses e 10 dias” – como lembra, era acusado de fraude que não cometeu e viu o juiz apenas uma só vez. E um detalhe: nunca foi condenado.

“Lembro-me muito bem do meu tempo na prisão, porque quando se vive uma realidade tão triste, contam-se e recontam os dias, na esperança de que logo termine tão terrível pesadelo”.

Quando foi levado novamente ao tribunal, o juiz lhe disse que estava livre e podia voltar a casa.

“Depois de todo esse tempo, poder voltar para casa livre, sem obstáculos, e abraçar minha mulher e os três filhos foi maravilhoso!”.

Masmorra

Entrar no cárcere masculino da Serra Leoa significa voltar atrás no tempo e no ‘inferno sobre a terra’, como afirmam os detentos.

Na prisão amontoam-se adultos com jovens, criminosos com acusados cujos documentos se perderam ou simplesmente foram esquecidos.

O diretor da ONG salesiana ‘Don Bosco Fambul’, Lothar Wagner, pediu há poucos meses, a liberdade imediata de 80 prisioneiros que estão na cadeia central de Freetown há  mais de três anos sem nenhuma acusação.

“Visto que trabalhamos cotidianamente dentro da prisão, pudemos obter as informações por meio de relatos pessoais com os presos, passando de cela em cela. E fomos mais além ao verificarmos, pelo registro do cárcere, pedidos que ali estavam há mais de três anos”, disse o religioso.

Com informações da InfoANS