O vestibulando que conquistou o primeiro lugar no vestibular de medicina da USP, Universidade de São Paulo, em 2016, tem motivos para se orgulhar da trajetória e para não se preocupar com ternos, jalecos e afins.
“Vai ser o médico mais bem vestido de São Paulo”, afirma o alfaiate Ildo da Silva, de 59 anos, pai de Diego Ohara Silva, de 29 anos.
Basta um cliente entrar na oficina, que o alfaiate, todo orgulhoso, conta as novidades, que segundo ele, o fizeram chorar.
Ildo se orgulha em dizer que vai fazer as roupas de trabalho do filho.
O alfaiate conta que seu principal ensinamento para Diego foi de que as conquistas são resultado de processos.
Foto: Marcelo Brandt/G1
Trajetória no ensino público
Diego Ohara passou por três escolas públicas durante sua formação.
Foi um professor da escola técnica que falou para ele sobre a possibilidade de estudar na USP.
Diego fez o cursinho popular criado por alunos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), mas não conseguiu passar no curso de economia.
Tentou outro vestibular e foi aprovado em engenharia civil na USP, em 2009.
Ao se formar, no entanto, já sabia que não queria trabalhar na área após uma experiência de estágio em uma empresa do ramo foi frustrante.
Medicina
Diego decidiu fazer medicina porque queria fazer algo de bom, que gostasse de fazer, ajudasse sua família e gerasse um bem social e financeiro.
Ele conta que investiu nas matérias em que sabia que teria dificuldades e conseguiu uma bolsa no cursinho Poliedro.
Para ele, não há receita fácil, mas o principal é o vestibulando identificar quais temas e disciplinas são seus pontos fracos e investir tempo de estudo neles.
De alguma forma, lembra o conselho do pai alfaiate: encontrar a semente certa, plantar e cuidar bastante para ter chance de frutos.
Com informações do G1
