SP começa a vacinar idosos, crianças e gestantes contra H1N1

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Por Só Notícia Boa
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Começou esta semana a vacinação gratuita contra a gripe H1N1 na capital paulista e na Grande São Paulo.

Nesta fase, serão sendo imunizadas 3 milhões de pessoas, entre crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes e idosos.

A campanha de vacinação foi antecipada no estado porque o vírus da gripe começou a circular mais cedo este ano. Foram registrados, até 5 de abril, 667 casos da doença e 75 óbitos.

Do total de mortes, 70 ocorreram por causa da H1N1, três pelo vírus B e duas pelo H3N2. A vacina disponibilizada na rede pública protege contra os três tipos de vírus.

De acordo com o infectologista e supervisor do Pronto-Socorro do Hospital Emílio Ribas, Ralcyon Teixeira, na maioria dos casos de morte, os pacientes já apresentavam doenças crônicas.

Por isso, a próxima etapa de imunização, a partir do dia 18, terá como alvos os portadores dessas doenças e imunodeprimidos, mulheres no período de 45 dias após o parto e população indígena.

Teixeira alerta que não há razão para pânico. Segundo o especialista, o que pode ter elevado o total de mortes este ano foi a falta de informação sobre a chegada antecipada do vírus, tanto por parte da população quanto dos serviços de saúde.

Isso pode ter prejudicado o tratamento. “A gente sabe que todo ano tem gripe, uma parte vai ter complicação e uma parte vai a óbito”, disse.

Reações à vacina

Segundo o infectologista, a vacina contra a H1N1 começa a proteger em 14 a 21 dias. Porém, os cuidados devem ser mantidos, já que, mesmo vacinada, a pessoa pode pegar gripe.

“A vacina tem 70% de eficácia, em média”. Além disso, a imunização não protege contra resfriados, que é uma versão mais branda da doença.

Entre as reações, estão dor no local da aplicação, mal-estar e dor no corpo. “Aí vem a confusão, as pessoas acham que a vacina causa a gripe, o que seria impossível. Acham que a vacina não presta, por confundir os conceitos”, disse Teixeira.

O médico alerta também contra a automedicação. “Tomar Tamiflu [medicamento usado no tratamento da H1N1] como profilático não é recomendado. Se tomar junto com a vacina, vai ter o resultado [da vacina] diminuído, porque o remédio age combatendo o vírus. Assim o tamilfu vai combater a vacina.”

Como medidas preventivas, Teixeira sugere deixar os ambientes ventilados, ter cuidado ao tossir ou espirrar e higienizar as mãos, que são os principais meios de propagação do vírus.

Com informações da AgênciaBrasil