Brasileiro cria vacina contra rinite alérgica: reduz em 80%

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Por Só Notícia Boa
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Foto: reprodução/TV Tem

Um médico e pesquisador da Faculdade de Medicina de Jundiaí, no interior de São Paulo, encontrou um tratamento de longo prazo para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas que têm rinite alérgica.

Edmir Américo Lourenço, professor titular da disciplina de otorrinolaringologia da faculdade, usa uma vacina específica para cada paciente. Sim, é feita uma vacina individual em laboratório especializado para cada pessoa.

O melhor é o resultado: após 10 anos de estudo, em cerca de 80% dos pacientes testados os sintomas desapareceram.

“O paciente não deixa de ser alérgico, mas as melhorias clínicas é que são importantes porque o indivíduo que não tem sintomas é como se ele estivesse curado. Existe um estigma genético para o alérgico, que isso não se desfaz com o tratamento de vacina. As vacinas estimulam a formação de defesas próprias, de anticorpos específicos contra as causas de alergia de que ela é portadora”, explica o pesquisador, que é doutor e mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O trabalho com 281 pacientes com mais de três anos de idade, realizado em Jundiaí, foi publicado no mês de março de 2016 na revista brasileira editada em língua inglesa “International Archives of Otorhinolaryngology”, que destaca trabalhos científicos de otorrino no Brasil e no exterior.

Procedimentos
Nos primeiros passos da pesquisa, foram feitos testes na pele para saber quais são as causas da alergia.

De acordo com o resultado, é feita uma vacina individual e específica em laboratório especializado para cada paciente.

Atualmente, o tratamento está disponível somente em clínicas particulares. O custo é de um pouco mais de R$ 1,5 mil.

“O paciente procura o médico e passa por testes. Depois, de acordo com os resultados, o especialista faz a solicitação para a produção individual da vacina em laboratório. Em meu tratamento, são 30 doses aplicadas durante 1 ano de 2 meses”, explica o médico.

“O indivíduo alérgico pode ter uma melhora clínica no seu dia a dia, melhora da qualidade de vida, melhora da qualidade do sono, da capacidade de trabalho, do seu humor. Mas ele não deixa de ser alérgico. Ele não pode ser exposto a situações extremas. Ele tem uma defesa própria, mas que pode ser insuficiente em determinadas condições. Para o dia a dia dele, ele ter uma qualidade de vida muito melhor”, destaca Edmir.

Com informações do G1