Viagem paradisíaca de trem, à bordo do Glacier Express

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Ninna Crot||||

Por Ninna Crot, de Savigny, Suíça para o SoNotíciaBoa

Um Tour europeu, utilizando somente trens. Saímos da cidade do Festival de Jazz, Montreux, estado de Vaud, Suíça.

Paramos em Visp, cidade do estado de Valais, e até este trecho os trens trafegam por trilhos Normais (lisos).

Para trafegarem por algumas das cidades como Zermatt, Mont Cervin, St. Moritz, Piz Bernini, Diavolezza, Zurique e Montreux, os trens têm trilhos dentados (como uma corrente de bicicleta), especiais para trens que fazem subidas íngremes de altas altitudes.

Zermatt dispensa comentários. Ja escrevi sobre esta maravilhosa cidade do Valais, aqui no SóNoticiaBoa.

Ela abriga nove das dez montanhas mais altas da Europa, além do teleférico de maior altitude do continente europeu. Aqui não é permitida a entrada de automóveis, somente pequenos veículos eletrônicos que funcionam como táxi e fazem o serviço automotivos da cidade.

Zermatt é encantadora, cheia de charme e dona da linda e fascinante montanha Mont Cervin,(4.476 mil metros de altitude) e da estação  de ski Matterhorn Glacier Paradise (3.883 mil de altitude), como o próprio nome já diz: um paraíso.

Foto: Ninna Crot

Foto: Ninna Crot

 

Da charmosa Zermatt partimos com destino a St. Moritz, no trem Glacier Express, de rápido só o nome, porque, na verdade, este é o trem mais lento do mundo, mas a viagem é uma coisa paradisíaca que oferece muita beleza ao longo das oito horas de viagem.

Tivemos um pequeno (grande) atraso de uma hora, mas no final da viagem quando o comandante do trajeto, Urs Hugentobler, nos perguntou se estávamos “contentes com a viagem?”, respondi sim e não, sim pela beleza inigualável que vimos pelo trajeto e, não, pelo atraso.

Ele não entrou em detalhes e nos ofereceu um lindo relógio, fabricado especialmente pelos 125 anos (1889-2014) do glaciar express como forma de desculpas pelo incidente. Nada mal, não?

O Glacier Express tem cerca de 1.4 mil funcionários e  200 mil pessoas fazem esta deslumbrante viajem ao ano para desfrutarem das sedutoras paisagens dos Alpes suíços.

Ao longo do trajeto do trem “rápido” há o viaduto Landwasser que tem 130 metros de altura e 65 metros comprimento.

Antes, porém nos deparamos com o primeiro túnel helicoidal (semelhante à uma hélice).

Um dos túneis, o Abula, tem 5,8 km e está em uma altura 1.820 metros. É o maior túnel transalpin da Europa e, grande parte desse trajeto, é feito dentro de reservas protegidas pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco).

Logo começa o segmento que muitos consideram a realização ferroviária mais genial do mundo, uma verdadeira “escada de trens”: cinco túneis helicoidais, dois túneis clássicos, nove viadutos, e duas galerias e assim chegamos à  cidade de Preda.

Aqueles que desejam admirar de perto esta maravilhosa técnica podem descer à cidade de Bergen pelo caminho didático ilustrado de painéis explicativos sobre a historia da linha.

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Trenós

No inverno, este caminho se transforma em uma pista de trenós muito frequentada.

Das montanhas imperiais abrem-se grutas de onde correm águas cristalinas, seguidas de rios, também, de águas claras onde turistas e visitantes fazem até contagem.

O trem Glacier Express não somente nos dá prazer de uma deslumbrante viagem como também nos leva a conhecer cidades maravilhosas de Valais, entre elas St. Moritz, Bernina e a estação de ski Diavolezza.

Todos os viajantes  do Glacier Express têm direito a um diploma de felicitações pela viagem.

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Relógio do Glacier Express e Diploma

St. Moritz é uma cidade muito charmosa e tem uma das arquiteturas mais sofisticada da Europa. Equipada com muitas boutiques de marcas chiques e caras.

Limpeza e Fontes Termais

Na cidade não há sequer uma folha de árvore no chão, exemplo de limpeza e sofisticação, além de pessoas bem-educadas e prestativas. Com atmosfera cosmopolita, é uma das estações mais prezadas do mundo.

Suas fontes termais, conhecidas há 3 mil anos, e o turismo invernal nos Alpes foram a origem da sua admiração.

A “torre caída” de 33 metros de altura, pela primeira vez mencionada em 1139 em um documento oficial, é o emblema da cidade.

Já, Bernina, é o lugar onde se pode mais uma vez admirar a beleza dos Alpes, uma das regiões mais ricas em castelos de toda a Europa.

Não é a toa que esta inscrita do patrimônio mundial da Unesco desde 2008. A montanha Bernina tem 4.049 mil metros de altitude.

La está também a Bernini Diavolezza, de onde parte o teleférico de Diavolezza um pouco mais baixo ( 2.973 metros de altitude) um dos principais domínios de skis helvéticos europeus.

O contraste entre gelos eternos dos Alpes do estado do Grisons e o charme mediterrâneo do Val Poschiavo e da Valteline é irremarcável.

Em Diavolezza encontrei cerca de vinte brasileiros de várias regiões de São Paulo, um deles era conhecido. Não estavam esquiando, mas sim, degustando a deliciosa cerveja européia e apreciando os Alpes de Bernina.

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James Carloni e Felipe Carloni, diretores da agência de viagem Rosso Tour Viagens e Turismo nos contou que sempre estão fazendo viagens internacionais desse gênero.

“As pessoas têm necessidades de conhecimento e também o prazer de se aventurarem. Desta vez reunimos um grupo de motoqueiros para participarem desta deliciosa aventura passando por Diavolezza, St. Moritz e várias cidades Europa e do mundo”, disse Carloni.