Veterinários atendem de graça cavalos que puxam carroças

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Vanessa Martins/G1

Enquanto as autoridades brasileiras fecham os olhos para a crueldade de permitir que cavalos continuem puxando carroças nas ruas, um projeto está atendendo de graça esses animais, em Goiânia, capital de Goiás.

O projeto foi criado pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O serviço é oferecido há cinco anos para a comunidade que trabalha com pequenos fretes ou recolhendo materiais recicláveis e não tem condições de pagar por um tratamento adequado para os animais que ajudam no transporte das cargas.

A professora e médica veterinária Luciana Brandstetter, idealizadora do projeto, começou os atendimentos por perceber animais em condições de saúde ruins levando carroças pesadas nas ruas da capital.

“A gente via cavalos debilitados e sabíamos que os donos não teriam condições de pagar por tratamento, que é muito caro. Então o atendimento é gratuito e [projeto] não tem fins lucrativos. A universidade nos dá toda a estrutura e dependemos de doações de alguns medicamentos e materiais descartáveis”, contou ela ao G1.

O projeto atende cerca de cinco cavalos por mês.

Os problemas mais comuns são nas patas ou cólicas devido à má alimentação.

Com as veterinárias os animais recebem o tratamento e os donos são orientados pelos médicos sobre como evitar os problemas.

“É importante que os carroceiros entendam que não estamos aqui para julgar e não vamos reprimi-los. Vamos só orientar sobre como evitar os machucados ou as dores, como cuidar melhor dos animais que são tão importantes para eles”, disse

“Muitos problemas acontecem por falta de conhecimento mesmo. Às vezes colocam a ferradura de forma inadequada, dão aos animais restos de comida enquanto o ideal é uma ração, pastagem ou feno”, contou.

Alunos e professores

A profissional explica que o atendimento, apesar de ser em uma unidade de ensino, é feito exclusivamente por profissionais da área.

Os estudantes que fazem parte do projeto observam os procedimentos e aprendem com os professores, mas não são responsáveis pelas consultas.

Doações
O estudante e coordenador do projeto, Artur Antero, de 31 anos, conta que grupo está sempre precisando de algum medicamento ou material para trabalhar e toda ajuda é bem-vinda.

“No momento precisamos de antibióticos, vermífugos, vacinas, pomadas cicatrizantes e anti-inflamatórios. Quem puder ajudar com doações pode entrar em contato conosco e vemos a melhor forma de recolher, dar dicas de conde comprar e informar do que está em falta no projeto”, afirmou.

Com informações do G1