Medo fez brotar a solidariedade no Espírito Santo: corrente do bem

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Brunela Alves / GazetaOnline

Os dias de medo, mortes e insegurança no Espírito Santo fizeram renascer nos moradores o instinto de solidariedade.

Para não sairem de casa, as pessoas começaram a se falar, se ajudar, a trocar alimentos… uma verdadeira corrente do bem.

“Um que tinha leite trocou com outro que tinha alho, tudo isso no intuito de ajudar mesmo”, contou à Gazeta Online a agente de viagens Hosana de Oliveira, 32 anos, que mora em um condomínio na Serra.

“Quanto a gente viu que não podia sair em segurança, um começou a ajudar o outro”, disse

João, que tinha carro, ajudava a Regina que tinha feijão de sobra, que ajudava a família do Fabrício, que sabia consertar o chuveiro, e ajudou Maria Aparecida, que resolveu fazer um almoço para todo mundo.

“Anteriormente eu não conhecia nem minha vizinha de porta, e nessa semana presa, a gente se aproximou mais, conhecemos as famílias que moram no mesmo local. Os amigos dos nossos filhos. Tudo isso foi nos aproximando. Juntos podemos mais e podemos ir mais longe e pretendemos levar isso pra frente”, comemora.

Música no rio

Solitário às margens do Rio Doce, em Colatina, o barbeiro Daniel Pereira decidiu tocar trompete para levar uma mensagem de paz e harmonia.

“Comecei a tocar e tinham pouquíssimas pessoas no calçadão, mas quando toquei a primeira música fui surpreendido com muitos aplausos. Eu fiquei até emocionado com aquilo, porque não esperava. Quando eu toco é para emocionar as pessoas”, disse.

Claro que tudo isso não vai apagar os traumas que a violência provocou, mas a corrente do bem certamente aproximou pessoas até então desconhecidas.

“Esse momento nos ensinou a ser mais resilientes e solidários”, contou a analista de Marketing, Nathani Dias Martins.

Com informações da Gazeta Online