Brasileiro faz prótese em 3D e doa para crianças carentes

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Por Só Notícia Boa
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Foto: divulgação

Cada um tem ferramentas que podem ajudar a melhora das pessoas ao redor.

No caso do engenheiro mecatrônico e empreendedor Thiago Jucá, 26, de São Paulo, ele usa uma impressora 3D para fabricar próteses em plástico ABS para crianças que nasceram sem um braço ou o perderam por acidente.

Thiago está doando aos necessitados próteses com desenhos de super-heróis ou princesas, bem mais baratos.

Enquanto uma prótese importada custa até R$ 370 mil, segundo ele, o preço de sua produção vai de R$ 800 a R$ 1.500, valor cobrado de quem pode pagar.

O projeto começou em outubro do ano passado e atende também jovens e adultos.

Homem de ferro

Vanclever Machado Vila Nova dos Santos, o Pepi, 13 anos – de Sete Lagoas (MG) – nasceu sem o antebraço direito devido a uma má formação congênita.

Ele foi a inspiração para o início do negócio, feito à distância, com fotografias.

“Os pais tiraram as medidas do braço que ele ainda tem, mas vieram as medidas erradas. Então pedi fotografias e consegui fazer a prótese”, disse Thiago ao UOL.

A prótese de Pepi não é uma comum, ela simula o braço do Homem de Ferrobusca.

O adolescente se diz emocionado. “Sempre quis a sensação de ter o braço. Quando ganhei, me emocionei. Agora é muito mais fácil pegar um copo de água e outras coisas”, afirma.

Prótese da Barbie

Isabelly Francini da Silva Teixeira, 7, de Vitória (ES) perdeu a mão ao brincar com um rojão em setembro do ano passado. Ela  escreveu uma cartinha para o Papai Noel, numa ação idealizada pelos Correios, pedindo uma mãozinha.

Um funcionário dos Correios entrou em contato com Thiago Jucá, que desenvolveu a prótese, vestiu-se de Papai Noel e entregou uma prótese, em formato de boneca Barbie, na escola de Isabelly.

A mãe dela, a consultora de vendas Fabiana da Conceição Silva, revela que a filha não queria sair de casa de vergonha e agora faz questão de mostrar a prótese. “Ela ficou muito feliz e eu também”.

Custos

Para arcar com os custos das próteses que são doadas, Jucá conta com um banco de doações. “É um negócio social com esquema de doação coletiva (crowdfunding).”

O empreendedor conta que mais de 300 pessoas já solicitaram compra de próteses pelo site www.protesis.com.br.

Ele pretende produzir 50 próteses por mês e busca parceiros.

Sobre faturamento e lucros, Jucá afirma que a Protesis ainda é uma startup em fase inicial e conta com investimento “pequeno” (não revela quanto). Segundo Jucá, as primeiras vendas devem começar neste mês com a implantação do e-commerce. O faturamento esperado é de R$ 450 mil para os próximos meses.

Com informações do UOL