O dinheiro de volta para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
R$ 270 milhões foram resgatados do esquema de corrupção, que, segundo o Ministério Público Federal era chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).
O dinheiro será usado para pagar o 13.º salário atrasado de 150 mil servidores aposentados e pensionistas do Estado.
A informação é do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Os aposentados receberão o abono integralmente, com prioridade para os que recebem benefícios mais baixos.
Outros cerca de 100 mil inativos com rendimentos maiores terão direito ao pagamento do 13.º salário parcialmente, disse uma fonte do Broadcast.
O Estado do Rio tem 155.971 aposentados e 92.119 pensionistas, num total de 248.090 beneficiários.
Os recursos já foram pleiteados pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB), aliado político de Cabral.
O RJ pagou o abono natalino no ano passado apenas aos servidores ativos da Educação, do Ambiente, da Procuradoria-Geral do Estado, de empresas celetistas e de outros órgãos.
O Departamento de Trânsito do Estado (Detran) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) custearam a folha com recursos próprios.
O pagamento
A cerimônia de entrega do dinheiro recuperado pela força-tarefa da Lava Jato no Rio está prevista para ocorrer no dia 21, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo na edição desta segunda-feira, 13.
O governo fluminense, no entanto, não confirma que haverá a reversão do dinheiro para o Rio. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) não comenta o assunto, mas confirma que há uma negociação em curso.
O dinheiro foi recuperado do esquema de pagamento de propina recolhida em obras públicas como a construção do Arco Metropolitano, o PAC das Favelas e a reforma do Maracanã, feitas com recursos federal e estadual.
O valor está numa conta judicial, vinculada ao processo, na Caixa Econômica Federal.
O ex-governador Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro, durante a Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava-Jato no Rio.
Ele já é réu em ações penais abertas no Rio e em Curitiba, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Cabral está no presídio de Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Com informações do Broadcast, Estadão e IstoÉ
