Chega de tanta comida rápida e industrializada, ainda mais na Itália.
Fatia de pizza, massa na caixinha, batata frita em pratinho de isopor vão parar de se proliferar pelas ruas de Veneza.
O governo local da cidade italiana proibiu a abertura de novos restaurantes e lojas de fast food em Veneza sob a justificativa de preservação do patrimônio cultural local.
A lei, aprovada no dia 4 de maio só tem validade para os novos estabelecimentos.
Restaurantes que já existem poderão continuar funcionando e haverá a concessão de novas licenças sob condições especiais.
Veneza não é a primeira cidade turística na Itália a tentar frear a descaracterização da culinária local.
Verona proibiu no ano passado a abertura de restaurantes de fast food para entrega, e Florença aprovou uma regra que determina que os menus dos restaurantes do centro histórico sejam compostos por um mínimo de 70% de comida local.
Patrimônio Cultural
As medidas fazem parte de uma série de iniciativas que pretendem reorganizar o turismo em Veneza.
A cidade recebe 60 mil visitantes por dia, mais do que os 55 mil moradores da área.
Novos mapas e monitoramento do número de turistas nos pontos mais lotados foram aprovados em resolução recente.
Consumir alimentos fora das mesas dos restaurantes já é proibido na Praça São Marcos.
E alimentar os pombos pode render multas.
A conselheira de Turismo de Veneza, Paola Mar, explicou que a lei não é contra a comida rápida, mas a favor do patrimônio cultura da cidade.
“Do ponto de vista da gastronomia, nossa cidade é famosa por suas comidinhas como os cicchetti, e os visitantes estão interessados nos nossos produtos e na identidade local”, afirmou a conselheira.
“Aprovamos uma resolução que coloca o turismo sustentável no centro das nossas políticas”, disse Paola Mar.
Com informações do Estadão.