Fiocruz solta mosquito do bem contra a dengue

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Alba Valéria Mendonça / G1

A Fundação Oswaldo Cruz iniciou nesta terça-feira uma nova fase de combate a dengue, zika e chikungunya, no Rio de Janeiro.

No projeto Eliminar a Dengue, serão soltos em dez bairros da Ilha do Governador 1,6 milhão de mosquitos de Aedes aegypti conhecidos como Aedes do Bem.

Eles são modificados, contendo a bactéria Wolbachia, que reduz significativamente a propagação do vírus que transmite as doenças.

Neste projeto, que termina no final de 2018, também serão soltos mosquitos modificados no Centro e nas zonas Norte e Sul da cidade.

A liberação em larga escala começa na Ilha do Governador, nos bairros de Ribeira, Zumbi, Cacuia, Pitangueiras, Praia da Bandeira, Cocotá, Bancários, Freguesia, Tauá e Moneró.

De acordo com a Fiocruz, a capacidade de produção semanal de ovos do mosquito é de 10 milhões por semana.

A liberação acaba em 2018 e espera beneficiar 2,5 milhões de habitantes.

‘Aedes do Bem’

O Aedes do Bem com a bactéria Wolbachia, que não transmitem a doença, promovem uma substituição gradual da população de mosquitos que transmite a doença.
Nos cruzamentos dos mosquitos que têm e dos mosquitos que não têm a bactéria, a Wolbachia é transmitida e impede que os novos mosquitos passem doenças como dengue, Zika e chikungunya.

Redução da Epidemia

O mosquito modificado tem capacidade para, a partir de sua reprodução, reduzir em 30% a incidência de epidemias nos locais onde foram soltos.

Em 2015, mosquitos modificados foram soltos em Tubiacanga, uma comunidade da Ilha do Governador, e em Jurujuba, em Niterói, na Região Metropolitana. A redução de mosquitos com o vírus da dengue foi de 100% e de 96,5%, respectivamente, nesses locais.

Além dos mosquitos adultos com a Wolbachia, também estão sendo colocadas nas residências e em locais público dispositivos para a liberação de ovos dos mosquitos.

Agentes de saúde, como Gracileide da Cruz, já estão há uma semana distribuindo folhetos e fazendo um trabalho de conscientização com os moradores da Ilha do Governador.

“A gente explica o projeto, como funciona, qual o objetivo e os moradores vão construindo a ideia do que é o “Eliminar a dengue”. A primeira reação, quando a gente diz que vai soltar mais mosquitos no ambiente é negativo. Mas depois que eles compreendem o processo aceitam bem a ideia e querem colaborar”, disse a agente de saúde.

Com informações do G1.