A ideia do Uber feminino está se espalhando por várias capitais brasileiras. São carros em que mulheres dirigem para passageiras também do sexo feminino, para evitar que haja assédio e piadinhas de mau gosto durante a viagem.
Depois do aplicativo Lady Driver, lançado em março deste ano em São Paulo, agora o Divas Flor está rodando nas ruas do Ceará.
O Divas For, foi em criado em junho pela motorista Eveline Carolina e duas amigas – Monique e Cibele – e há um mês o aplicativo cearense está no ar.
“Eu era motorista do Uber, e muitas mulheres relatavam que tinham medo de andar com homens, principalmente no horário da noite. Então, fui pensando em criar um aplicativo que podia deixar elas (sic) mais à vontade e sem chance de sofrerem assédio”, relata.
As proprietárias contrataram uma empresa que administra o app, que só está disponível em celulares com o sistema operacional Android.
Os carros também tem suas especificidades. Devem ser acima de 2008, possuir quatro portas e ar-condicionado.
Vantagens
A vantagem para as motoristas parceiras do Divas For é que não há divisão dos valores da corrida com a administração do aplicativo, diferentemente dos concorrentes.
Todo o valor arrecadado é das motoristas, que pagam para a central um valor mensal de R$ 200 – também bastante abaixo do custo que motoristas repassam, por exemplo, para o Uber mensalmente.
Os valores das tarifas são semelhantes ao Uber. Cada quilômetro custa R$ 1,20 e o minuto é R$ 0,15. Já a tarifa base sai no valor de R$ 2,50 e o preço mínimo de cada viagem é de R$ 6,75.
Homens
Apesar do foco ser feminino, homens acompanhados de mulheres também pode realizar as viagens.
“A nossa restrição é no cadastro que só pode ser feito por mulheres. Porém, as mulheres acompanhadas de namorados e filhos podem entrar no carro normalmente”, finaliza.
Lady Driver
Já a Lady Driver, de São Paulo, cadastrou em menos de seis meses mais de 8 mil motoristas na capital e em Guarulhos, na Grande SP.
Agora o ‘Uber feminino” quer expandir o serviço para o Rio de Janeiro.
A fundadora e hoje CEO da Lady Driver conta que criou o serviço após ter sofrido assédio.
“Ele (o motorista) me buscou na porta de casa e chegou a mudar o caminho. Cheguei bem, graças a Deus, mas comecei a pensar quantas mulheres passam por isso diariamente. A gente se sente mais segura e tranquila com outra mulher”, disse Gabriela Correa, de 35 anos.
Ela comanda a empresa, que tem 15 funcionários.
Gabriela diz que o serviço serve também para proteger as profissionais.
“Era uma demanda das mulheres que dirigiam e para quem ninguém olhava. Valorizamos o trabalho delas”, contou.
“O nosso trabalho serve para mostrar que temos voz, que o assédio não é uma coisa rara.”
Serviço
Baixe os aplicativos nos links abaixo:
Divas For (GooglePlay)
Lady Driver (GooglePlay)
LadyDriver (AppleStore)
Com informações da PEGN e TribunaDoCeará