Lixeira criada por surfistas suga 83 mil sacolas dos oceanos

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Reprodução BBC

Uma lixeira que retira dos oceanos até 83 mil sacos plásticos por ano.

A lixeira flutuante foi criada por uma dupla de surfistas australianos, cansados de ver tanta sujeira no mar. (vídeo abaixo)

A ideia é utilizá-la em portos e embarcadouros, onde o vento e as correntes aumentam a acumulação de resíduos.

Apelidado de “Seabin”, o invento tem uma bolsa de tela removível, que pode ser esvaziada quando ficar cheia.

Ela funciona com um mecanismo alimentado por energia solar e pode sugar pedaços de plástico de diferentes tamanhos – e até pequenas quantidades de combustível.

A “lixeira aquática” pode coletar 1,5 kg de lixo por dia, o que dá 83 mil sacolas de plástico por ano.

O projeto deverá ser comercializado neste ano.

Segundo Peter Ceiglinski, um dos fundadores do Projeto Seabin, se várias dessas lixeiras forem espalhadas pelos oceanos, o impacto pode ser significativo.

“Suga pedaços pequenos, pedaços grandes, microplástico e óleo também. Elas são relativamente pequenas, mas até que estão tendo impacto importante. Se colocarmos centenas de milhares de Seabins, o resultado se soma”, afirmou.

Lixo no oceano

Estima-se que 5 milhões de toneladas de plástico sejam jogados aos mares todos os anos.

Atualmente, mais de 5 trilhões de pedaços de plástico, que pesam, no total, 270 toneladas, estão flutuando nos oceanos do planeta.

Eles provocam danos diretos aos animais marítimos e à cadeia alimentar, conforme pesquisa publicada no jornal acadêmico PLOS One.

Conforme dados coletados por cientistas dos Estados Unidos, França, Chile, Nova Zelândia e Austrália, a maioria dos detritos encontrados é de “microplásticos” que medem menos de 5 milímetros.

O volume foi calculado durante 24 expedições que duraram seis anos e foram concluídas em 2016.

Pedaços grandes de plástico podem estrangular animais, como tartarugas marinhas e golfinhos, enquanto os pedaços menores são engolidos por peixes, sendo inseridos na cadeia alimentar até chegar aos seres humanos.

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Com informações do G1