Escola inclui música em todas as disciplinas e sobe no ranking

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Asian Express Newspaper

Uma escola pública da Inglaterra pulou da lanterna do ensino britânico para o grupo de escolas com maior progresso no aprendizado, com uma receita simples e agradável.

A Feversham Primary Academy, de Bradford – para alunos de 2 a 11 anos – implantou há 6 anos música e artes, incorporando jogos, canções e brincadeiras no ensino de todas as disciplinas.

Na prática, a direção da escola Feversham deu um novo treinamento aos professores e desenvolveu um banco de atividades musicais para serem usadas nas aulas.

São jogos feitos com as crianças sentadas em círculos, batendo palmas, ou tocando instrumentos musicais, com propósitos específicos de ensinar determinadas habilidades ou conteúdos.

Os alunos também passaram a contar com aulas semanais de música e artes dramáticas, abrangendo referências culturais tipicamente britânicas – como Beatles, Queen e Shakespeare – até canções islâmicas, já que a maioria dos alunos de Feversham são muçulmanos.

Enquanto numa sala crianças montam peças geométricas ouvindo música clássica, em outra sala, elas cantam, batem palmas e fazem contas de multiplicação.

História

A Feversham baseou sua mudança de rumo na chamada “abordagem Kodály”, desenvolvida pelo húngaro Zoltán Kodály (1882-1967) e que prega que a experiência musical seja ensinada pela observação, pela repetição e por movimentos corporais, através do canto e de jogos musicais.

Até o início da década, Feversham estava na categoria “special measures”, que é quando entram no radar do governo britânico as escolas com resultados acadêmicos “abaixo do padrão de qualidade”.

As dificuldades eram variadas: a escola pública fica em uma região degradada e com níveis elevados de criminalidade e tensões sociais; a maioria dos alunos é de origem paquistanesa e têm o inglês como segundo idioma.

“Tentamos métodos variados (para melhorar o ensino): aulas de história e literatura, de cidadania, palestras com grupos religiosos e comunitários”, explicou, em artigo de 2016, o diretor da escola, Naveed Idrees.

“Logo ficou claro que esses métodos convencionais não eram apropriados para a idade e para o contexto social com os quais trabalhávamos. Precisávamos de uma alternativa.”

Com informações da BBC