Solidariedade leva alegria ao Natal de crianças com câncer no DF

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Por Só Notícia Boa
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Foto: divulgação||

O fim de semana – a duas semanas do Natal – começou especial para cerca de 40 crianças que fazem tratamento contra o câncer em Brasília.

Elas foram ao hospital na tarde dessa sexta-feira (8), mas desta vez não estavam lá para realizar exames médicos, ou para passarem por sessões de quimioterapia ou radioterapia. Elas teriam um encontro muito esperado com o Papai Noel.

São pacientes do Hospital da Criança José Alencar, do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês.

Foi uma parceria que tornou tudo possível: entre a Liga de Combate ao Câncer da Universidade de Brasília e o Sírio-Libanês.

Pedidos

Há alguns dias, as crianças foram convidadas a escreverem cartinhas com pedidos ao Papai Noel.

Cada cartinha deveria conter três pedidos.

As mensagens destinadas ao Polo Norte foram entregues para a equipe de coordenação do evento, que passou a buscar voluntários que encarnassem o espírito do Bom Velhinho e contribuíssem para que ao menos um dos desejos de cada criança fosse atendido.

“A celebração doNatal com as crianças aqui, no mesmo espaço em que tratam da saúde, veio
coroar o atendimento humanizado, individualizado, afetivo, que praticamos no dia a dia com elas. Ficamos muito felizes com a parceria com a Liga de Combateao Câncer da UnB. A solidariedade está na base de ação do Sírio-Libanês”, conta o gerente da instituição em Brasília, Jorge Henrique da Rocha.

Super-heróis e Papai Noel

As crianças começaram a chegar por volta de 16h, acompanhadas por seus familiares.

Foram acolhidas com músicas infantis tocadas ao violão e voz e por uma equipe de voluntários da Liga de Combate ao Câncer da UnB e do Sírio-Libanês, fantasiada de super-heróis, princesas, fadas e ajudantes do Papai Noel.

O espaço de recepção do Centro de Oncologia do Sírio-Libanês, na 614 Sul, se transformou em um ambiente propício para animadas brincadeiras.

O ponto alto da festa aconteceu com a chegada do Papai Noel.

Os pequenos tinham os olhos e os ouvidos fixos nele, que anunciava o nome de cada criança e ia ao seu encontro com um abraço, uma palavra de incentivo e a entregava o tão sonhado presente, que abria sorrisos e fazia olhos brilharem de felicidade.

Foto: divulgação

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Altruísmo e superação

Do farto estoque de presentes, saltavam bonecas, jogos, tablets, smartphones, playstations e bicicleta.

Sonhos realizados graças à generosidade de voluntários anônimos, empresários, médicos e colaboradores das instituições.

Na festa dos sonhos que se realizam, também havia em comum as histórias de luta e busca por superação de cada criança.

Como a pequena Yasmim Vitória, de 12 anos que, apesar de estar com os movimentos comprometidos por causa da doença, encantou a todos com o microfone em mãos, cantando músicas infantis de sucesso.

Anny Karoliny, de 12 anos, veio de Minas Gerais.

Diagnosticada com câncer no cerebelo, chegou a ter os movimentos do corpo comprometidos também, mas hoje, graças ao tratamento, à sua força de vontade e o apoio dos pais – Luzileide e Lázaro – a garota fica em pé e realiza vários movimentos com autonomia.

Em 2018 ela vai cursar a quinta série do ensino fundamental.

“Eu pedi em minha cartinha que eu queria ganhar um jogo, ou uma boneca Polly ou um tablet”, revela, cochichando no ouvido.

Quando foi chamada pelo Papai Noel, Anny abriu rapidamente o presente com a ajuda da mãe. Abriu, também, um largo sorriso.

Ela ganhou um tablet.

Trajetória de vida parecida tem Esther Ninos (11), que está cadeirante e pediu um televisor.

Ela veio de Barreiras, na Bahia, depois de diagnosticada com câncer.

Ficou muito sensibilizada com o trabalho que os médicos do HUB e do Sírio-Libanês realizam em seu tratamento e anuncia: “eu vou ser médica quando crescer”.

Esperança

As trajetórias e histórias são muitas. Os desafios, diários.

E eventos como esses são saudáveis no processo de tratamento das crianças, como diz Paula Diniz, Coordenadora da Liga de Combate ao Câncer da UnB.

“É uma oportunidade de revisitarem o local de tratamento em um momento festivo e de descontração com a equipe. Ademais, ao verem que seus desejos foram atendidos por meio das cartinhas que enviaram, de uma certa forma eles acabam renovando a esperança de que tudo é possível, até mesmo o impossível” explica.

Remédio diferente

Na tarde dessa sexta-feira, as crianças não abandonaram o tratamento, não deixaram de cuidar da própria saúde e a vida.

Ganharam doses de solidariedade e generosidade, um ótimo remédio.

“Ações como essa fazem com que as crianças se sintam mais importantes e amadas, podendo recarregar as energias para continuarem a luta contra a doença”, resumiu Larissa Corrêa, da Liga de Combate ao Câncer, que no evento estava fantasiada de Mulher-Maravilha.

Foto: divulgação

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Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa – com colaboração de Max Gonçalves