App que facilita doação de leite materno ganha prêmio

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Por Só Notícia Boa
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Foto: reprodução / Amamenta Brasilia|

O aplicativo Amamenta Brasília, dos Bancos de Leite do Distrito Federal, ganhou este mês o prêmio WeGov de Comunicação Digital no serviço público.

O App facilita o acesso das doadoras de leite humano aos bancos de leite da rede pública. Nele as mães podem se cadastrar, informar o local de retirada do leite humano, solicitar potes para doação e ainda convocar a equipe responsável para coletar o leite em casa.

A grande sacada é criar facilidades para quem doa, para quem transporta e para quem recebe o leite humano.

Pelo aplicativo da Secretaria de Saúde, os bombeiros, responsáveis pela coleta do material, podem criar rotas de GPS, para otimizar o trabalho.

Em 2017 Brasília foi apontada como a única capital brasileira auto-suficiente em doação de leite materno pelo coordenador da Rede Global de Leite Humano, João Aprígio.

A ideia

“A ideia surgiu a partir da necessidade diária de leite dos Bancos de Leite do DF. Sempre via e ajudava Dra. Miriam Santos, coordenadora dos BLHDF, da Assessoria de Comunicação, pedindo para colocar na mídia [pedido de doação de leite] e aí íamos pedindo aos coleguinhas para fazerem a pauta com ela ou dar nota mesmo”, contou ao SóNotíciaboa Érika Bragança, uma das criadoras do aplicativo.

O App criado em 2017 deu certo. Os números de doações e doadoras mostram o sucesso do programa.

De janeiro a abril de 2017, foram coletados 5.221,7 litros de leite humano, 24,9 litros a mais que no mesmo período do ano passado (5.196,8 litros).

O número de receptores chegou a 3.643 neste ano, o que representa aumento de 794 em relação a 2016, que registrou 2.849.

A quantidade de doadoras também aumentou. Reuniu este ano 1.853 mulheres doadoras. Em 2016, 1.891, ou seja, 38 mulheres a menos em 2017.

As visitas em casa para retirada de leite também cresceram. Até abril deste ano, foram 9.292 visitas domiciliares. Em 2016, foram 9.064. Um aumento de 228 visitas.

Facilidade

“Esse leite não tem preço, não se compra. Só quem teve seu bebê sem condições e na incubadora, sabe a dor de não poder amamentar”, diz Érika.

Uma das doadoras é Maria do Socorro, mãe da Valentina, que tem apenas três meses de vida. Ela conta que a filha mama direitinho e o que sobra é retirado na casa dela para doação.

“Facilitou bastante. Não preciso sair de casa para entregar o leite. Tiro a quantidade que consigo e os Bombeiros vêm buscar na minha casa”, conta ela, que ainda tem outras três crianças em casa, uma de 10 anos, outra de 6 anos e uma terceira, de 3.

O resultado do aplicativo uniu ainda mais a equipe que trabalha no Amamenta Brasília, criadora da campanha #EuDividoMeuLeite.

“Todos nos apaixonamos de vez, virou causa mesmo. Ainda temos desafios e nosso sonho, conseguir alcançar todas as mamães do DF”, conta Érika.

Sobre a possibilidade de o aplicativo ser copiado em outras regiões brasileira, Érika mostra com orgulho que não tem ciúmes.

“A ideia está aí. Não há problema de replicá-lo.”

Como baixar

O aplicativo Amamenta Brasília está concorrendo ao Prêmio Inovação da Enap (2018) e foi finalista na I Mostra SUS de Inovação do DF (2017).

Ele pode ser baixado gratuitamente nas lojas dos sistema Android e iOS.

Érika Bragança recebendo Prêmio - Foto: divulgação / Secret Saúde DF

Érika Bragança recebendo Prêmio WeGov – Foto: divulgação / Secret Saúde DF

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Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa