Menores internos aprendem profissões para saírem melhores

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Por Só Notícia Boa
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Centro Educacional Masculino (CEM) - Foto: Divulgação/UNIcom|||

Um futuro limpo começa com um presente produtivo, com educação. É assim que menores – rapazes e garotas – apreendidos no Piauí se preparam para recomeçar suas vidas.

Os internos do Centro Educacional Masculino (CEM) estão aprendendo a fabricar materiais de limpeza, como amaciante de roupa, sabão líquido, sabonete, detergente, desinfetante e água sanitária.

Já as adolescentes do Centro Educacional Feminino (CEF) de Teresinha estão fazendo cursos de qualificação profissional de design de sobrancelha e maquiagem.

Os cursos profissionalizantes, que poderão levar esses jovens ao mercado de trabalho, começaram em dezembro de 2017, no Centro Educacional Masculino (CEM), maior Unidade socioeducativa do estado, com 160 adolescentes internos.

Os encontros acontecem uma vez por semana, e têm duração de uma hora e quinze minutos.

Os trabalhos incluem apoio social e psicológico, palestras e entretenimento cultural. O programa também oferece suporte jurídico e almoço aos familiares dos internos.

O trabalho de educação para a ressocialização está sendo feito pelo programa social Universal Socioeducativo Brasil (UNSB), em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania do Piauí (SASC).

“Esses jovens estão aprendendo uma profissão e recebendo uma oportunidade que muitos deles nunca tiveram”, afirmou o Pastor Luciano Rodrigues, responsável pela UNSB-PI.

O próximo a receber o projeto, será o Semiliberdade Primavera, em Teresina.

Centro Educacional Masculino (CEM) - Foto: Divulgação/UNIcom

Centro Educacional Masculino (CEM) – Foto: Divulgação/UNIcom

Outros estados

Além dos cursos oferecidos no Piauí, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraíba, Ceará e Rondônia também vão oferecer aulas profissionalizantes de cabeleireiro e design de sobrancelha.

Atualmente, 3.371 voluntários prestam auxílio para quase 30 mil pessoas, entre jovens que cumprem medida socioeducativa, seus familiares e funcionários.

Violência

O número de jovens entre 12 e 17 anos apreendidos no Brasil aumentou em quase seis vezes, entre 1996 e 2014, de acordo com o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado no final de outubro do ano passado.

As apreensões saltaram de 4.245 para 24.628 em menos de 20 anos.

É uma corrida contra o tempo para mostrar caminhos alternativos, positivos, para formar os internos que em breve poderão voltar ao convívio da sociedade… melhores do que entraram.

Centro Educacional Masculino (CEM) - Foto: Divulgação/UNIcom

Centro Educacional Masculino (CEM) – Foto: Divulgação/UNIcom

Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa – com informações da UNIcom