Nasce 1º macaco gerado com tecido de testículo: tratar infertilidade

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Oregon National Primate Reserch Center of the Oregon Heath and Science University

Grady é o nome do primeiro macaco que acaba de nascer, graças a uma técnica que utiliza tecido congelado de testículo.

Os médicos do Centro Nacional de Pesquisa de Primatas do Oregon, nos Estados Unidos, desenvolveram o experimento publicado na revista Science.

Os pesquisadores explicam que o caso pode se tornar uma esperança para homens com problemas de fertilidade.

No experimento, foram utilizados tecidos congelados de macacos castrados com a técnica chamada de criopreservação, processo de congelamento de células ou tecidos.

Os médicos então inseminaram um óvulo injetando um único espermatozoide.

A expectativa da comunidade médica é poder aplicar o experimento com macacos em homens com problemas de fertilidade e meninos com câncer que, após o tratamento, costumam ficar inférteis.

Segundo a revista Newsweek, até o momento, a opção de congelar esperma e óvulos funciona apenas entre adultos. Por isso, o tratamento de usar tecido congelado pode mudar a realidade de meninos mais jovens.

Experimento

Ao todo, 138 ovos foram fertilizados via injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI).

Desse total, onze ovos foram colocados em seis fêmeas macacas e, em dezembro de 2017, uma delas estava grávida, dando luz ao macaquinho Grady em abril de 2018.

Grady foi gerado com tecido de testículo e, segundo os pesquisadores, cresce saudável.

“Monitoramos continuamente a saúde, as interações sociais e as atividades lúdicas de Grady. Seu desenvolvimento é semelhante a outros macacos da mesma idade ”, disse o autor do estudo, Kyle Orwig, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, em entrevista à Newsweek. “Queremos mostrar que a mesma abordagem funcionará com tecidos humanos.”

Apesar de o macaco apresentar sinais saudáveis, ainda há um longo caminho até esse tratamento ser usado em humanos. “Existem inúmeras ressalvas biológicas e experimentais que tornam as discussões sobre as perspectivas de utilidade clínica muito precoces”, disse Lynne Elmore, diretora científica da Translational Cancer Research na American Cancer Society.

Com informações da Galileu

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