Aluno de escola pública é aceito em Harvard e mais 3 universidades americanas

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Leonardo da Silva/Arquivo Pessoal

Um estudante recém-formado no ensino médio, numa escola pública de Rondônia, foi aceito em quatro universidades americanas, entre elas, as Universidades de Harvard e Columbia, duas das mais conceituadas nos Estados Unidos.

As aulas começam em agosto e agora Leonardo da Silva Brito, de 17 anos, precisa decidir qual dos convites vai aceitar.

“O processo realmente é muito complicado, mas é muito mais relacionado à resiliência do que com genialidade. Muitas pessoas não conseguem mesmo sendo muito boas pois não persistem no processo. Outras não conseguem simplesmente por falta de sorte”, explica o garoto.

A inscrição

No início de 2016, o jovem decidiu que iria se inscrever no sistema unificado de universidades americanas.

“Recebi muito apoio da minha família e de Deus, que sempre estiveram comigo. Depois, consegui muitos contatos em redes sociais de pessoas que estavam lá nos EUA, ou que já passaram pelo processo, que me ajudaram entender o que eu precisava fazer”, explica.

Segundo Leonardo, todo o processo é feito pela internet, com envio de documentos e em várias etapas, que incluem testes padronizados até redações. Também precisa provar a proficiência na língua inglesa.

É um sistema é unificado para todas as universidades.

Depois de um ano de espera, no final de março deste ano, chegou a resposta. Leonardo foi convidado para ir para as universidades de Harvard, Columbia, Tufts, Stanford.

“O resultado sai junto para todos que se inscreveram. Antes de receber de Havard, eu já tinha recebido de outras. Quando eu soube que já tinha saído, chamei meus pais e abri o e-mail. Quando eu cliquei e li no início ‘congratulations’, já levantei da cadeira e comecei a comemorar”, relembra o estudante.

Ele afirma que o processo de aprendizagem mostra às pessoas o quanto ela ainda tem a aprender e não o contrário.

“Quando você participa desses programas, dessas olimpíadas, é uma experiência que te torna muito mais humilde. Eu sei que eu vou sempre ter muita coisa a aprender e sempre terá alguém melhor que eu para ensinar alguma coisa diferente”, afirma.

Aluno comum

Segundo a mãe, a professora Andreia da Silva Brito, a vida escolar do filho não tinha muita coisa de diferente dos outros estudantes.

“Ele tinha dúvidas, dificuldades, como qualquer outro aluno. Mas, o que eu percebi desde o início de diferente nele, é que sempre que ele sentava para fazer uma tarefa, ele não sentava para se livrar daquela obrigação, mas sim para realmente aprender”, conta a mãe.

De acordo com a mãe, a família sempre incentivou o estudante desde pequeno a cumprir os compromissos, sendo eles escolares ou não.

“Como eu trabalhava de manhã, assim que ele chegava da escola no fim da tarde, nós já sentávamos e verificávamos como estavam os cadernos, se as matérias estavam todas em ordem e quais tarefas ele tinha que fazer”, relembra a mãe.

Destaque em olimpíadas

Leonardo também sempre participou de olimpíadas científicas e de outros concursos de conhecimento. Foi aí que ele viu nesta oportunidade uma possibilidade de conseguir ampliar os seus conhecimentos.

“A rede de contatos que consegui adquirir nessas olimpíadas me mostrou bastante sobre estas atividades extra-curriculares que podem ajudar uma pessoa a se desenvolver fora de sala de aula. Então, eu comecei a participar de vários grupos de estudo e olimpíadas e ajudei no desenvolvimento de um projeto aqui na cidade”, conta o estudante.

Com este empenho, em 2015 ele ficou em 1º lugar no Brasil e 3º lugar no mundo em um concurso internacional de cartas.

O estudo o levou a dezenas de viagens pelo Brasil. Possibilitou fazer curso de verão sobre Política e Relações Internacionais em Oxford, na Inglaterra e de Curso de Engenharia e Ciência Aplicada em Yale, nos EUA.

Em 2016 foi Jovem Senador no Brasil. Nestas viagens, conheceu colegas que já estudavam no exterior, o que despertou o interesse pelas universidades americanas.

Agora, os pais, Andreia e Luís da Rocha, já começam a avaliar qual será a melhor alternativa: visitar o filho nos Estados Unidos, ou trazê-lo ao Brasil para ver todos, pois sabem que a saudade do primogênito vai apertar.

“Eu fico pensando quem vai sofrer mais. A gente aqui, que fica com o vácuo da presença dele. Ou ele lá, que está em um lugar totalmente diferente. Já estamos estudando o que faremos para conseguir organizar isso, já que as férias lá são em épocas diferentes”, explica a mãe.

Com informações do G1

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