Estudo de mudanças climáticas será obrigatório nas escolas italianas

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Por Só Notícia Boa
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Foto: reprodução

Estudantes de escolas italianas de todas as séries deverão estudar mudanças climáticas e sustentabilidade, no próximo ano.

O estudo obrigatório será uma tentativa de posicionar o país como líder mundial em educação ambiental.

O ministro da Educação, Lorenzo Fioramonti, do movimento anti-establishment Five Star , disse que todas as escolas públicas incluirão cerca de 33 horas por ano em seus currículos para estudar questões ligadas às mudanças climáticas.

As lições serão incorporadas às aulas cívicas existentes, que terão uma “pegada ambientalista” a partir de setembro de 2020, disse Vincenzo Cramarossa, porta-voz da Fioramonti.

“A ideia é que os cidadãos do futuro precisem estar preparados para a emergência climática”, afirmou Cramarossa.

Além disso, o desenvolvimento sustentável aparecerá em assuntos mais tradicionais, como geografia, matemática e física, disse Cramarossa.

“Haverá mais atenção às mudanças climáticas ao ensinar essas matérias tradicionais”, explicou.
Fioramonti, professor de economia da Universidade de Pretória, na África do Sul, disse à Reuters em entrevista que todo o ministério “está sendo alterado para tornar a sustentabilidade e o clima o centro do modelo educacional”.

“Quero transformar o sistema educacional italiano no primeiro sistema educacional que coloca o meio ambiente e a sociedade no centro de tudo o que aprendemos na escola”, afirmou.

Cramarossa disse que um painel de especialistas científicos, incluindo Jeffrey D. Sachs, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade Columbia, e o teórico econômico e social americano Jeremy Rifkin, ajudarão o ministério a reconstruir o currículo nacional para prestar mais atenção às mudanças climáticas e à sustentabilidade.

“É o primeiro do mundo a ter uma educação nacional (obrigatória) nesse sentido”, afirmou Cramarossa.

O Movimento Cinco Estrelas, ao qual Fioramonti pertence, tem uma história de preocupação ambiental e ativismo popular.

Desde que se tornou ministro, Fioramonti tem sido criticado por partidos de direita por apoiar estudantes em greve que protestam contra as mudanças climáticas e apoiam impostos sobre bebidas plásticas e açucaradas.

Com informações da Pensar Contemporâneo/CBS NEWS

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