A droga também é usada como anestésico em pequenas cirurgias de seres humanos e também de animais.
Desde 2004, o psiquiatra americano Carlos Zarate, chefe do programa de terapias experimentais para transtornos de humor e ansiedade do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, já tratou pelo menos 120 pacientes com a cetamina.
Os resultados vem sendo animadores e surpreendentes.
A cetamina, que é vendida na forma líquida e como antidepressivo, começa a fazer efeito cerca de quarenta minutos depois de sua aplicação.
As primeiras reações aos remédios tradicionais demoram de três a quatro semanas.
Ao contrario dos outros remédios, que atuam como reguladores do comportamento, da emoção e do humor (serotonina, dopamina e noradrenalina), a cetamina regula as taxas cerebrais de glutamato, neurotransmissor que, em excesso, é tóxico, dificultando e interrompendo as conexões entre um neurônio e outro, as chamadas sinapses, essenciais para o bom funcionamento cerebral.
No casos mais graves a droga pode impedir o suicídio.
Hoje a cetamina é encontrada sob a forma de injeção e só pode ser aplicada em ambiente hospitalar com acompanhamento de anestesista.
Outro ajuste para uso da droga é quanto a ação do medicamento.
Duas semanas depois da aplicação, seus efeitos antidepressivos se extinguem.
Outra vantagem do medicamento utilizado para depreesão é que um dos únicos efeitos colaterais, em 10 a 15 por cento dos pacientes, é uma percepção distorcida de tempo e espaço e que pode durar em torno de 15 minutos.
A indústria farmacêutica prepara seis novos compostos antidepressivos, que agem na regulação do glutamato, incluindo a criação de um spray nasal.