Modelo gordinha de sucesso levanta auto-estima de adolescentes

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Por Bruno M.
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A modelo “plus-size” americana Jannei Runk não esperava tanta repercussão ao posar com roupas de banho para a rede multinacional de lojas de roupa H&M.
A campanha conseguiu gerar grande exposição em vários países e fez a modelo desabafar: “está na hora de deixarmos de lado a obsessão com o peso”.

Runk conta:
“Quando minha página no Facebook recebeu 2.000 novas curtidas em 24 horas, eu decidi usar a atenção como uma oportunidade para tornar o mundo um pouco mais agradável ao promover a autoconfiança.
Desde então já recebi inúmeras mensagens de fãs, expressando gratidão.
Algumas delas até me disseram que minha confiança as havia inspirado a vestir um biquíni pela primeira vez em vários anos.
Este é exatamente o tipo de coisa que eu sempre quis conseguir, de mostrar para as mulheres que dá para ser autoconfiante mesmo se você não se encaixa na noção popular de ‘perfeita’.
Essa mensagem é especialmente importante para as meninas adolescentes.
Ser uma adolescente é incrivelmente difícil.
Elas precisam de toda a ajuda e do apoio que elas possam ter.
Quando nossos corpos mudam e todos nós começamos a parecer totalmente diferente, nós simultaneamente começamos a sentir a pressão para parecermos exatamente iguais.
Este é um objetivo impossível de alcançar, e eu gostaria de ter sabido disso quando eu tinha 13 anos.
Com 1,75 metro e manequim 8 nos Estados Unidos (equivalente a tamanho 36 para calças e 40 para blusas no Brasil), eu invejava as garotas cujos namorados conseguiam levantá-las e carregá-las nos ombros.
As aulas de ginástica eram um pesadelo.
Enquanto as meninas magras usavam shorts, eu usava calças de moletom porque minhas coxas eram do tamanho das cinturas delas.
E aquelas calças eram embaraçosamente curtas, porque eu era mais alta do que a média da mulher adulta, mas ainda comprava roupas em uma loja para pré-adolescentes.
Eu também tinha cabelos grossos e crespos que apenas chamavam mais atenção para mim, que se escondia atrás dos meus aparelhos para os dentes e meus óculos de armação bege.
Para completar isso tudo, eu sempre fui desajeitada, então dizer que minha adolescência foi estranha é pouco.”
Por todas essas experiências, ela dá um conselho às adolescentes:
“eu me sinto forçada a mostrar às garotas que estão passando pelas mesmas coisas que é aceitável ser diferente. Você pode deixar essa estranheza para trás de forma fabulosa.
Apenas se concentre em ser a melhor versão possível de si mesma e deixe de se preocupar com o tamanho de suas coxas, porque não há nada de errado com elas.
Afinal, eu nunca pensei em mim mesma como possível modelo, mas aí fui descoberta trabalhando numa pet shop, mesmo usando meus moletons curtos demais.”
Jennie Runk (imagem: cortesia H&M)
Eles me deram a opção de perder peso e tentar me manter com manequim 4 (blusas tamanho 36 no Brasil) ou ganhar um pouco, para ficar com manequim dez (blusa 44 no Brasil) e começar uma carreira como modelo plus-size”.
Segundo a modelo, considerada “plus size” ou tamanho grande, muitas mulheres que são consideradas plus-size estão na verdade, na média.
“As pessoas assumem que o ‘plus’ significa gordura, e que isso por sua vez é igual a feiura.
Isso é completamente absurdo, porque muitas mulheres que são consideradas plus-size estão na verdade na média da mulher americana.”
Com informações da BBC.