Por Gerson Belchior
A natureza sempre fornece soluções inusitadas para os cientistas resolverem seus problemas. Desta vez foi o limitado campo de visão das máquinas fotográficas, que ignoram uma grande área da nossa visão.
Quando usadas simplesmente para bater uma foto, isso não chega a ser um problema, mas na área médica e na de vigilância, enxergar apenas uma parte do “todo” pode fazer toda a diferença.
Solução
Para resolver essa questão, pesquisadores americanos da Universidade de Illinois, nos EUA, desenvolveram uma nova câmera fotográfica capaz de reproduzir o mundo da mesma forma que os olhos dos insetos fazem, com um amplo campo de visão e sem distorções.
A câmera é composta por 180 lentes minúsculas, dobráveis e com um campo de profundidade quase infinito.
Ela também e dotada de grande sensibilidade ao movimento.
John Rogers, coautor do projeto, declarou:
“Descobrimos uma forma de criar câmeras que incorporam o ‘design’ essencial dos olhos dos insetos. O resultado é uma nova câmara que oferece campos de visão excepcionalmente amplos (de quase 180 graus), sem distorções e com uma intensidade luminosa uniforme”.
Compatibilidade
A nova tecnologia é compatível com as atuais, e pode ser produzida com os mesmos métodos.
Conforme Jianliang Xiao, engenheiro eletrônico que participou no projeto: “Esta é a grande vantagem da nossa tecnologia. Podemos fabricar um sistema eletrônico compatível com a tecnologia atual e depois redimensioná-lo”.
Utilidade
De acordo com os pesquisadores, esta tecnologia poderá ser útil para implementação em câmaras de vigilância, de endoscopias e outros exames médicos.
Comercialização
De acordo com a equipe, uma câmera funcional exigiria um grande investimento em produção, por isso a invenção ainda pode demorar para chegar ao mercado.
Com informações do Boas Notícias.
gerson@sonoticiaboa.com.br
