Insulina só de 2 em 2 anos: a boa nova para diabéticos

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Por Bruno M.
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Biochip, do tamanho de uma moeda, pode ajudar a vida dos diabéticos. Foto: Reprodução

Cientistas norte-americanos e israelitas descobriram um novo tipo de tratamento para diabetes tipo 1,  que permite aos pacientes injetar insulina apenas de 2 em 2 anos. 
O estudo, feito por especialistas da Universidade do Colorado, em Denver, nos EUA, e da Universidade de Ben Gurion, no Negrev, em Israel foi publicado no ‘Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism’.
Atualmente a doença afeta milhões de pessoas em todo o mundo e exige um controle rigoroso dos níveis de insulina – diário muitas vezes – devido à destruição das células responsáveis pela produção deste hormônio no pâncreas.
Por isso, a diabetes tipo 1 exige injeções regulares e sistemáticas de insulina no sangue, por forma a que o organismo consiga transformar os açúcares ingeridos em energia.
A pesquisa
Durante 2 anos os especialistas estudaram a fundo os danos provocados pelas ‘ilhotas de Langerhans’, responsáveis pela produção de insulina no pâncreas.
O objetivo era reduzir a sua inflamação, para que estas conseguissem continuar a produzir insulina.
O feito foi conseguido com a administração da proteína anti-inflamatória ‘alfa-1-antitripsina’ (AAT), presente em substâncias como o soro, por via intravenosa. 
“Depois do tratamento, que durou entre oito a doze semanas na maioria dos pacientes, os níveis de glicose puderam ser controlados, sem que houvesse necessidade de injeção de insulina num período de mais de dois anos”, conta Eli Lewis, diretor do Laboratório Clínico da Universidade de Ben Gurion  Clínico e professor de bioquímica clínica, farmacologia e imunologia da Faculdade de Ciências da Saúde daquela instituição. 
O responsável garante ainda que o tratamento não revelou qualquer tipo de contra indicações nos pacientes avaliados, incluindo os mais jovens.
Vendas
As estimativas são de que levará 2 anos até a proteína ATT  ser incluída nas terapias normais da diabetes tipo 1. 
Ainda são necessários três novos ensaios clínicos nos EUA para conseguir a aprovação da FDA (Food and Drug Administration), autoridade reguladora de todos os fármacos naquele país.
Com informações do Boas Notícias.