Criados neurônios com células da pele: Alzheimer

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Por Bruno M.
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Foto: Pixabay

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Cientistas conseguiram transformar células comuns, de pele humana, em células do cérebro, os neurônios.
Isso pode revolucionar os tratamentos para o mal de Alzheimer, rejuvenescendo o tecido dos cérebros dos pacientes a partir de enxertos.
O trabalho foi feito por duas equipes de pesquisadores da China e os resultados dos estudos foram publicados em dois artigos na revista científica Cell Stem Cell.


Os grupos usaram estratégias diferentes para converter células da pele em neurônios: uma equipe usou células da pele de ratos, enquanto o outro time usou a pele de humanos.

Alzheimer
A equipe que trabalhou com células humanas retirou as amostras da pele de pacientes com Alzheimer, já que um dos objetivos da pesquisa era produzir neurônios que substituíssem as células danificadas nos cérebros das pessoas com demência.

A ideia é que, no futuro, quando um paciente manifestar os primeiros sintomas do mal de Alzheimer, os médicos possam usar essa técnica para retirar um pequeno pedaço da pele e gerar tecido cerebral saudável a partir dela.

Sem rejeição
Como os neurônios seriam construídos a partir do próprio corpo do paciente, não haveria risco de rejeição do organismo.
A técnica funcionou em testes feitos com ratos e humanos.

Os resultados são considerados animadores pelos cientistas.

Segundo o biólogo celular Hongkui Deg, professor da universidade de Pequim e um dos autores do estudo com ratos, o tratamento é barato e poderia ser feito com qualquer pessoa.

“[O tratamento] supera os desafios técnicos e as preocupações com segurança ligadas às manipulações genéticas, o que pode ser promissor em suas aplicações futuras”, diz Deg. 

Mas ainda deve demorar algum tempo até que ela seja usada como tratamento clínico para o Alzheimer.
Com informações da InfoCell Stem Cell