Um novo transplante de células reverteu a diabetes em uma mulher que sofreu durante décadas com o problema.
Nas últimas semanas, Wendy Peacock, de 43 anos, parou com a insulina, parou de medir o açúcar no sangue diariamente, de tomar picadas e fugir de doces e massas.
Ela tinha diabetes tipo 1.
Wendy recebeu um transplante de células novas em um ensaio clínico no Instituto de Pesquisa de Diabetes (DRI) em UHealth – na Universidade of Miami.
O anúncio foi feito este mês durante uma conferência no Instituto, nos EUA.
Como
Os cientistas estão testando uma nova técnica de transplante de células “islet”, chamadas de ilhotas, que ficam aglomeradas em milhares de células do pâncreas que produzem insulina para regular o açúcar no sangue do corpo.
Os médicos implantaram as células no omento, um revestimento semelhante à capa que cobre os órgãos abdominais, para ver se a localização era mais viável do que o fígado, onde muitas das células implantadas não sobrevivem.
Os médicos transplantaram as células durante por laparoscopia no Jackson Memorial Hospital em agosto 18.
O estudo aprovado pela FDA é um passo para o desenvolvimento do DRI BioHub, um mini órgão de bioengenharia que vai imitar o pâncreas a restaurar a produção natural de insulina em pessoas com diabetes tipo 1.
Resultado
Desde o transplante, os níveis de glicose da paciente permaneceram a um nível saudável, e ela foi tirada de insulina e não tem restrições dietéticas.
Mas o médico explica que isso ainda não é a cura:
“Ela é como uma pessoa sem diabetes, mas requer drogas contra rejeição,” disse o Dr. Camillo Ricordi, diretor do Instituto para Pesquisa do Diabetes.
“Quando você puder fazê-lo sem esses remédios, então será uma cura.”
Peacock disse que ela não sofreu efeitos colaterais, como resultado das drogas.
História
Em fevereiro de 2014, Peacock veio para Miami para fazer o teste para o ensaio clínico. Passou.
Em 16 de agosto, ela voou para Miami com seu pai e foi internada em Jackson para a cirurgia.
A equipe que fez a operação e espera fazer de 20 a 30 mais desses transplantes, no próximo ano, incluindo alguns em Jackson.
A cura
Ricordi disse ao Miami Herald no ano passado que, dentro de três a sete anos, haverá uma cura para pacientes Type1.
“Não é uma previsão – é uma promessa que eu faço aos pacientes. Nós vamos derrotar esta doença com certeza “, disse ao Herald Ricordi em novembro.
Com informações do MiamiHerald
