Brasil libera venda da vacina que protege contra dengue

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Sanofi Pasteur/Norbert Domy

Dengvaxia, a primeira vacina contra a dengue disponível no Brasil vai poder ser comprada por hospitais e clínicas particulares.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, informou que ela vai custar de R$ 132,76 a R$ 138,53, de acordo com alíquota de cada estado.

O consumidor, no entanto, deverá desembolsar um valor adicional, que varia de um estabelecimento para o outro, pela aplicação da vacina.

De acordo com o Ministério da Saúde, ainda não há uma previsão de compra para o Sistema Único de Saúde.

Serão feitos estudos de custo para a distribuição nacional e, caso seja viável, a vacina poderá ser distribuída de graça aos pacientes.

De graça

O estado do Paraná já anunciou que deverá comprar 500 mil doses da vacina.

A Dengvaxia é produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur e é uma imunização recombinante tetravalente, para os quatro sorotipos existentes da doença.

Ela poderá ser aplicada em pacientes de 9 anos a 45 anos, que deverão tomar três doses subcutâneas com intervalo de seis meses entre elas.

Na própria bula da vacina, o laboratório informa que a Dengvaxia não protege 100% dos pacientes. Por isso, ela não substitui as recomendações anteriores do Ministério da Saúde.

A vacina

A aprovação da vacina pelo governo brasileiro ocorreu em dezembro de 2015.

Os testes apontaram uma redução de 81% das internações e 93% dos casos graves. Em média, 66% dos pacientes com os quatro sorotipos ficaram imunizados – 2 em cada 3 pessoas, segundo a Sanofi.

A vacina foi produzida com um vírus vivo atenuado e possui em sua estrutura o vírus vacinal da febre amarela, que lhe garante estabilidade.

Os testes envolveram 40 mil pessoas em 15 países, em uma pesquisa clínica que resultou em 25 estudos. No Brasil, cerca de 3.500 pessoas de cinco cidades participaram das etapas de testes.

De acordo com o médico epidemiologista João Bosco, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) que participou dos estudos sobre a vacina, “a forma como a gente vinha fazendo prevenção de dengue era a mesma há anos. É a primeira vez que temos algo diferente”.

Com informações do G1.