Quem não teve oportunidade de estudar muitas vezes dá mais valor à educação do que um letrado.
Foi o que aconteceu com Antônio Ramos da Silva. Ele não esconde que é analfabeto.
Ex-prefeito de Quixaba, cidade do sertão pernambucano, e vereador eleito para o segundo mandato, Antonio aplicou 37% do orçamento municipal na educação, acima o piso constitucional de 25%.
“Fiz tanto pela educação porque sempre senti na pele o quanto ela faz falta”, afirmou.
Ele conta que na infância não podia estudar porque o pai precisava dos filhos trabalhando na roça. Mas ele compensa a falta de estudo com algo que a maioria dos políticos não têm: honestidade.
Pela lei, os analfabetos não põem ser reeleitos. Silva só conseguiu se reeleger porque é capaz de copiar palavras e assinar o nome, o que para a Justiça Eleitoral já basta.
Uma equipe de assessores o ajuda na leitura de documentos.
“Tem muito doutor por aí que não tem nem a metade da minha honestidade”, provoca.
História
Silva não começou na política “ontem”. Em 1992, ele foi eleito prefeito.
Até então, as escolas da cidade não tinham o mínimo de estrutura e os professores não eram diplomados.
Com informações do Paraíba Online
