Brasileiro “Sr. gentileza” é indicado ao Prêmio Nobel da Paz

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Por Só Notícia Boa
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Luiz Gabriel Tiago - Foto: arquivo pessoal / divulgação

Um brasileiro que trabalha com gentileza há anos e ajuda a pessoas carentes, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2018.

Luiz Gabriel Tiago, de 39 anos, é de Niterói, no RJ.  A recomendação ao título é fruto dos 7 anos de atuação da Pontinho de Luz, sua empresa social, responsável pelo “Treinamento Gentileza”, dedicado a promover a empatia.

A Pontinho de Luz – inspirada na atuação do Profeta Gentileza – é uma rede de solidariedade que conta com 35 mil pessoas, responsáveis por ações sociais realizadas no Brasil e no exterior com os recursos arrecadados por treinamentos e doações.

Nas redes sociais Luiz usa o codinome Senhor Gentileza.

“O tema gentileza sempre esteve muito presente em minha vida, mas era incoerente eu falar tanto nisto e não fazer nada. Pensei em fazer uma ONG, mas isso limitaria minha atuação, porque eu precisaria também de um meio de sobrevivência. Foi quando conheci o conceito de empresa social, que propõe um negócio e faz a roda da solidariedade girar a partir dele. Este tipo de iniciativa ganhou muito impulso em 2005, quando o Prêmio Nobel de Muhammad Yunus reforçou a importância dos negócios sociais”, disse à GazetaOnLine

Nesses sete anos de atuação, a Pontinho de Luz já arrecadou 500 toneladas de alimentos para doação a famílias carentes. Hoje ele atende mensalmente 90 famílias do Rio e São Paulo com doações mensais de cestas básicas e ações solidárias, como abraços públicos e distribuição de doces em frente à estação das Barcas, no Centro de Niterói.

Treinamento Gentileza

Até 2010 ele fazia pesquisas que resultaram no conteúdo do programa “Treinamento Gentileza” e ministrava palestras, mas sentiu a necessidade de fazer algo mais prático para interferir na realidade.

As pesquisas do empresário resultaram no livro “Gentileza no Trabalho”, publicado em 2009.

Embora seja destinado a propósitos variados, seu treinamento tem maior procura por empresas que pretendem melhorar o relacionamento interpessoal entre funcionários e colaboradores diversos.

“No treinamento, o público é estimulado a se colocar no lugar do outro, para viver angústias e alegrias. Graças a ele, temos condições de ajudar asilos, orfanatos e vítimas de enchentes. É a maior fábrica de gentileza do mundo”, comemora orgulhoso o apaixonado pela Viradouro que, nas horas vagas, gosta de andar de patins no Caminho Niemeyer e de ver o por do sol na Praia de Itaipu.

História

A história de Pedro reúne também momentos de dificuldades financeiras, enfrentadas entre a adolescência e o início da vida adulta.

Para poder cursar um pré-vestibular, vendeu cafezinho na Praça XV, no Centro do Rio, e foi office boy.

Foi nesta época que se tornou mais sensível para as necessidades da camada mais humilde da população. Por isto, garante não ligar para o rótulo de assistencialista.

“Há quem nos critique por dar o peixe, acham que deveríamos ensinar as pessoas a pescar. Mas dar o peixe é o que eu sei fazer, e continuarei fazendo. Não posso ficar apenas no plano teórico porque, enquanto isto, as pessoas têm necessidades, sentem frio e fome”, explica.

Nobel

“Ainda estou muito surpreso com toda essa repercussão sobre a indicação para o prêmio Nobel. Isto é maior do que qualquer coisa que pude imaginar”, afirma Luiz Gabriel Tiago.

O resultado do prêmio está previsto para o fim do ano que vem.

Até março, a Academia Sueca, responsável pela organização do evento, deverá divulgar uma lista com os finalistas.

Há também uma brasileira indicada: a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que deu origem à Lei Maria da Penha, que combate a violência à mulher.

Com informações da GazetaOnLine