Cientistas modificam ovos de galinha para cura do câncer

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Por Só Notícia Boa
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Cientistas japoneses estão usando engenharia genética em galinhas para elas botarem ovos com substâncias que salvam vidas.

Os pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada (AIST) na região de Kansai, no Japão, já deram início ao processo.

Os ovos de galinhas geneticamente modificadas estão sendo usados na busca da cura do câncer. Espera-se que o método estranho reduzirá dramaticamente o custo dos tratamentos atuais.

Durante décadas, os pesquisadores utilizam os interferons, que vêm como alfas, betas ou gammas, como um possível tratamento para muitas formas de câncer.

A substância poderosa, conhecida como citocina, é produzida naturalmente pelo sistema imunológico do organismo no combate uma infecção, ou doença.

Os benefícios

Vários estudos mostraram que o tratamento biológico é bem sucedido no tratamento de câncer de rim, algumas formas de leucemia e melanomas mortais.

O interferon alfa é administrado como uma injeção três vezes por semana e impede que as células cancerosas se multipliquem.

Também impulsionam as células T assassinas para atacar tumores.

 

Como 

Os cientistas introduziram genes que produzem interferon beta em células, que são precursoras de esperma de frango, informou a edição inglesa do Yomiuri Shimbun.

Depois usaram essas células para fertilizar os ovos e criaram galinhas que herdaram esses genes, o que significa que as aves puderam colocar ovos contendo o agente que combate a doença.

Os cientistas agora têm três galinhas cujos ovos contêm a droga, que atualmente custa 888 dólares, cerca de 3 mil reais por alguns microgramas.

As aves estão botando ovos quase que diariamente.

Os preços dos “interferons beta”, ou citocina, são atualmente altos, mas, podem cair pela metade se o novo método funcionar, afirmam os pesquisadores japoneses.

As drogas já são usadas para estimular o sistema imunológico do corpo para combater alguns tipos de câncer e no tratamento de esclerose múltipla e hepatite.

Mas consumidores vão ter que aguardar um pouco, já que o Japão tem regulamentos rigorosos sobre a introdução de novos produtos farmacêuticos, com processos de triagem que levam anos para completar.

Com informações do Daily Mail