Descoberta técnica para curar vários tipos de câncer: 96% eficaz

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Por Só Notícia Boa
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O professor Ron Levy

Esperança contra vários tipos de câncer! Pesquisadores da Universidade Stanford, nos EUA, descobriram dois agentes que, quando injetados diretamente em um tumor, fazem as células de defesa do paciente retomarem o combate.

Em outras palavras, elas ativam o sistema imunológico, que passa a combater o tumor em qualquer parte do corpo.

A técnica, que eliminou completamente o câncer em 87 dos 90 ratos de laboratório testados, tem a vantagem de combater também as metástases – “filiais” do tumor original que se espalham para outras partes do corpo.

A radioterapia e quimioterapia são tratamentos utilizados no tratamento da doença, mas seria muito mais fácil “acordar” os glóbulos brancos pra defenderem o organismo.

Ótimos resultados 

O primeiro teste foi feito em 90 ratos com linfoma – câncer no sistema linfático. 87 deles foram curados na primeira tentativa, os três restantes, na segunda.

Animais com melanoma, câncer de mama e câncer colorretal reagiram igualmente bem.

Como o tratamento só depende do câncer já ter sido identificado pelo sistema imunológico, ele provavelmente funciona em todas as situações.

“Eu não acho que há limites para o tipo de tumor que nós poderíamos tratar. Basta ele ter sido infiltrado pelas células de defesa”, resume Ron Levy, professor de oncologia e líder do estudo publicado na Sciense .

Além dos ótimos resultados, uma grande vantagem da dupla de agentes é que um já foi aprovado para uso humano, e o outro se saiu bem em diversos testes clínicos.

Se eles forem tão eficazes para nós quanto são para os camundongos, é provável que a nova solução saia rápido do papel – e comece a ser usada logo com pacientes reais.

Imunoterapia

Tratamentos para o câncer que ativam o sistema imunológico são chamados de imunoterapias, e várias delas já são aplicadas em hospitais.

Uma das modalidades desenvolvidas recentemente envolve retirar glóbulos brancos do paciente, usar engenharia genética para editá-los em laboratório e então injetá-los de volta no corpo.

Outra envolve ativar o sistema imunológico inteiro, e não só as células da região em que está o tumor – o que pode causar efeitos colaterais. Nenhuma delas vai tão direto ao ponto quanto a nova solução.

“Todos esses avanços da imunoterapia estão mudando a prática médica”, disse Ron Levy.

Como

“Mas a nossa abordagem não exige a ativação completa do sistema imunológico nem a customização das células imunes do paciente. Nós aplicamos quantidades muito pequenas de dois agentes uma única vez, e eles estimulam só as células de defesa que já estão dentro do tumor, atraídas por suas proteínas.”

Os agentes em questão são um pedacinho de DNA chamado oligonucleotídeo e um anticorpo – que é, de maneira simplificada, uma proteína que informa ao sistema imunológico que há um inimigo a combater.

Juntos, os dois cutucam um receptor chamado OX40, que fica na membrana das células de defesa. Ele é como um botão: quando é apertado, o linfócito parte para cima.

Depois que a célula ativa devora o tumor principal, detecta os tumores secundários, que se espalharam por outras partes do corpo.

Com informações da Super