Aluna brasileira cria plástico feito de maracujá e ganha prêmio

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Por Só Notícia Boa
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Juliana

Uma aluna brasileira de 18 anos criou um filme plástico feito a partir da sobra do maracujá.

A estudante do ensino médio chama-se Juliana Davoglio Estradioto. Ela faz curso técnico de administração no Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Sul (IFRS).

Com o trabalho, ela ganhou o primeiro lugar no 29º Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico – em outubro.

O projeto já havia sido premiado em uma competição para estudantes nos Estados Unidos.

Juliana pretende criar uma alternativa para os sacos plásticos, ou isopor, empregados como suporte de mudas de plantas.

Produzidos a partir de petróleo, os materiais utilizados hoje em dia levam cerca de 400 anos para se decompor. 

Diminuir descarte

Além de diminuir o uso de plástico sintético, Juliana espera com o material orgânico diminuir o descarte de restos de maracujá.

“Quando se realiza a produção industrial do suco de maracujá, geleias ou a polpa da fruta, a casca acaba sendo descartada e vai direto para terrenos baldios e aterros sanitários”, disse ao UOL.

“Se reaproveitado como suporte para plantas, explica Juliana, o material ainda tem a vantagem de “não exigir a retirada do plástico na hora da plantação, porque o material se decompõe rapidamente, cerca de 20 dias, sem prejudicar o meio ambiente”.

O projeto durou cerca de 12 meses e teve a orientação da professora Flavia Santos Twardowski.

“Eu e meus colegas que fazíamos pesquisas (em outros projetos) usávamos o Laboratório de Panificação para fazer os “experimentos”, era tudo na base da adaptação mesmo, de improviso”, disse.

“Infelizmente o governo investe pouco mais de 1% em ciência e pesquisa”, completou.

Futuro

Juliana quer prestar vestibular para engenharia química. “Estou finalizando o Ensino Médio e quero continuar na área da pesquisa que foi algo que transformou a minha vida. Sou apaixonada pela Ciência e pelo meio ambiente”, disse a jovem cientista.

Antes mesmo de entrar na universidade, Juliana já se prepara para uma série de compromissos no mundo científico.

Em 2019, ela representará o Brasil no Seminário Internacional Jovem de Ciência de Estocolmo, na Suécia, e participará da ‘Genius Olympiad’, em Nova York (EUA).

Com informações do UOL

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