Graças a uma merendeira e outros colegas de trabalho, não foi maior a tragédia da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, em São Paulo, onde dois homens encapuzados atiraram em alunos e funcionários e depois se mataram, nesta quarta-feira (13). Ao menos oito pessoas morreram
Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, contou que ajudou a esconder 50 estudantes na cozinha durante o ataque.
A merendeira disse que os funcionários fizeram barricada com geladeira e freezer para proteger as crianças. Uma mesa também foi usada como escudo.
“Nós estávamos servindo merenda e aí começou os ‘pipoco’ e as crianças entraram em pânico. Abrimos a cozinha em começamos a colocar o maior número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão”, contou Silmara ao G1.
“Foi muito desesperador, porque foi muito tiro, muito tiro mesmo e era muito pânico”.
“Parecia que procuravam alguém. Iam para lá e para cá atirando muito. Nós não vimos nada. A gente abaixou e ficou escutando o movimento. Isso durou te 10 a 15 minutos mais ou menos”, lembra.
A merendeira diz que quando já tinha cerca de 50 alunos na cozinha foi preciso trancar a porta.
“Porque eles estavam próximos e a cozinha é rodeada de janela. A gente deitou no chão e nós não vimos nada com medo que atirassem. Mas graças a Deus nada aconteceu com quem não estava lá. Eu arrastei a geladeira e o freezer para fazer uma barricada e ficamos atrás. A mesa viramos e fizemos um escudo para proteger as crianças. Ficamos acuados em um canto só, se acontecesse alguma coisa ele ia pegar muita gente”, conta.
O crime
Depois de atirar em funcionários e alunos, os criminosos encapuzados se mataram, segundo a polícia.
Cinco dos mortos eram estudantes – quatro meninos e uma menina. O outro era funcionário da escola.
Com informações do G1
Espalhe notícia boa nas suas redes sociais. Siga o SNB no Facebook, Twitter, Instagram e Youtube