Sem-teto reencontra família após 14 anos graças a comerciante

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Por Só Notícia Boa
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Alfredo com a família no Paraná e ao lado da comerciante que o ajudou Foto: Arquivo Pessoal/Michele Santos e Márcia Silva

Foi graças à bondade e persistência de uma comerciante, que um morador em situtação de rua, Alfredo Ribeiro da Silva, de 34 anos, acabou reencontrando a família que não via há 14 anos.

Isso só foi possivel depois de uma postagem nas redes sociais da comerciante Michele Santos, 40 anos, que mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Michele conta que conheceu o rapaz em 2013, quando abriu uma loja de roupas no bairro Boqueirão.

“Ele ficava na rua cuidando dos carros. O que me chamou a atenção na situação foi o cachorro chamado Toby, que andava sempre com ele. Nunca me pediu nem dinheiro, só água para o cão”. Um ano depois, eles começaram uma amizade e, durante uma conversa, Alfredo revelou a ela que estava longe da família há muito tempo.

“Ela começou a me interrogar, porque eu era um cara novo e estava na rua. Não gosto de ficar falando, mas acabei contando minha história. Ela perguntou o nome da minha mãe, do meu pai e do minha irmã”, contou o homem. A partir daí, começou a procura dela pela família do rapaz.

No entanto, as únicas informações que ela tinha eram que eles moravam no Parará e que a irmã se chamava Márcia Ribeiro da Silva.

Foi assim que ela passou a enviar mensagem para todas as pessoas que encontrava com o mesmo nome e que moravam no Paraná.

“Foram mais de 50 perfis”.

Uma das mensagens foi enviada para a irmã de Alfredo, que só respondeu dois anos depois, quando Michele já não tinha mais contato com o homem por ter fechado a própria loja.

Alguns meses depois, a comerciante conseguiu reencontrá-lo e enviou uma foto para a irmã, que o reconheceu.

Por algumas restrições com a Justiça, ele não conseguiu voltar para a família em 2017, só conseguindo liberação em 2019.

Nesse meio tempo, Michele e Márcia continuaram em contato, sempre conversando sobre Alfredo.

Reencontro

Alfredo chegou à cidade em 20 de novembro para reencontrar os parentes de longa data.

Emocionado, ele relata que sempre quis rever a mãe e a irmã.

“Não tinha mais esperança, mas era uma coisa que eu queria muito. Não pensei que ia conseguir encontrar ninguém. A sensação foi ótima. Fiquei muito emocionado”.

O apoio de Michele foi fundamental para a realização do sonho da família. O ex-morador de rua contou que até roupa a amiga arrumou para ele ir embora.

A irmã Marcia Ribeiro da Silva, de 36 anos, relata que esperou muito pelo dia do reencontro e que sempre se perguntava se o irmão estava bem.

“Todos esses anos eu pedi para Deus reencontrá-lo e poder cuidar dele. No Natal e no Ano Novo eu sempre pensava se ele tinha o que comer e onde dormir. Esperei a vida inteira por isso”, finaliza.

Trabalho

Depois do reencontro com a família, Alfredo conseguiu um trabalho informal de eletricista, e alugou um cômodo na Vila Sônia, além de comprar um celular para trocar mensagens com a irmã.

Quando conseguiu o aval da Justiça para voltar para o Paraná, contou para a irmã, que mais uma vez procurou Michele e pediu para ajudá-lo a comprar a passagem.

A comerciante procurou a Assistência Social da cidade, que bancou a passagem do rapaz para o município de Campo Magro, no Paraná.

Com informações do G1

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