Tem princesa preta sim! Ana Luísa ganhou festa em Brasília

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Por Só Notícia Boa
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Ana Luisa como princesa - Fotos: Willian Meira - MMFDH e arquivo pessoal|

Lembra da Ana Luisa, a menina que foi vítima de racismo no primeiro dia do ano e remoeu a história durante 5 dias até desabafar com a mãe?

Ela ganhou uma festa com direito a roupa, tiara de princesa e um príncipe de verdade!

O evento para combater o racismo foi na última segunda, 20, em Brasília, promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

“Foi incrível”, resumiu a mãe dela, a humorista Luciana Cristina Cardoso, de 42 anos, em entrevista ao SóNotíciaBoa.

A preparação

Ana chegou à Brasília acompanhada da família.

Primeiro ela se arrumou em um salão de beleza da capital.

Depois a menina foi conduzida à sede do ministério, onde conheceu o ministro da Cidadania, Osmar Terra e Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

O evento contou com a apresentação do grupo “Ser Criança” e da contadora de histórias “Mary Xicosa”.

História

A menina de 9 anos brincava de castelo e princesa com uma amiguinha quando ouviu de uma mulher que “não existe princesa preta”.

O caso aconteceu no Parque Ipiranga, em Anápolis , Goías, no dia 1º de janeiro,

Luciana Cristina contou que, apesar de ter perdoado a mulher que disse essa barbaridade, até hoje a filha está traumatizada.

“Ela ainda não quer ir para a escola”, revelou ao SNB.

A mulher ainda não foi localizada.

Racismo não!

A ministra Damares criticou o racismo.

“Racismo, para mim, é doença! Tem que ser tratado e tem que ir para a cadeia. Racismo é passível de pena de prisão, reclusão, e não vamos deixar isso continuar acontecendo no Brasil”, disse a ministra Damares Alves.

“Ninguém mais nesta nação vai discriminar uma criança negra, indígena, oriental, branca, cigana, muçulmana, nordestina, nenhuma. Chega! É hora de dizer basta, mas não vamos dizer esse basta brigando, gritando, vamos dizer com amor”, completou.

A titular da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), Sandra Terena, lembrou que “histórias são referências norteadoras para crianças, uma vez que a construção de sua identidade ainda está em formação”.

“O trabalho da SNPIR é fazer com que crianças negras, quilombolas, indígenas, ciganas, ribeirinhas, e de tantas outras comunidades tradicionais que habitam nos lugares mais distantes do nosso país, tenham reveladas suas verdadeiras identidades e sejam valorizadas”.

Ana Luisa chegando na festa - FotoWillian Meira - MMFDH

Ana Luisa chegando na festa – FotoWillian Meira – MMFDH

Veja a entrevista que fizemos com Ana Luisa e mãe logo depois da cena de racismo:

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Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNoticiaBoa – com informações do R7

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