UFPB cria inseticida de sisal que mata mosquito da Dengue

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Por Só Notícia Boa
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Professora Fabíola - Foto: Raíssa Helena/ Divulgação/ UFPB

Além do coronavírus, o Brasil também tem se preocupar com a Dengue e uma pesquisa feita na UFPB, Universidade Federal da Paraíba desenvolveu um inseticida à base de sisal, que mata rapidamente o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e a chikungunya.

E o melhor: o inseticida é barato, tem ação rápida e não é tóxico para outros animais.

A informação foi divulgada pela UFPB, que conduziu as pesquisas em parceria com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Como

O inseticida é produzido a partir do extrato de agave (sisal), planta cultivada em regiões semiáridas.

A planta é utilizada em sua versão híbrida, uma variante melhorada geneticamente em laboratório, para obter uma planta mais resistente a pragas.

A universidade afirmou que a eficácia do inseticida já é comprovada para eliminar o mosquito Aedes aegypti em qualquer uma de suas fases de vida (ovo, larva, pupa ou adulto).

Produção

O próximo passo é conseguir empresas que possam produzir esse inseticida em escala comercial.

“Nem a UFPB e nem a Embrapa têm condições de produzir, de tornar o inseticida comercializável. Então, para isso, precisamos de um agente externo, que seria uma indústria”, explica a pesquisadora Fabíola Cruz, coordenada da pesquisa e professora do Departamento de Biologia Celular e Molecular da UFPB.

Segundo ela, a Agência de Inovação Tecnológica (Inova) está fazendo essa articulação com o setor privado.

Se tudo der certo, também haverá geração de renda para os produtores de sisal na Paraíba.

“Hoje, os produtores que vivem da cultura do sisal têm a sua renda muito diminuída porque a planta vem perdendo importância. Já teve muita relevância no passado, porque a fibra do sinal era muito utilizada na indústria, e hoje está sendo substituída por fibra sintética. Quando a gente faz uma descoberta como essa, isso volta a tornar o sisal importante”, concluiu a professora.

Com informações da CNN e UFPB