Vitória da igualdade e do respeito! Parlamentares da França aprovaram esta semana uma lei que criminaliza qualquer tentativa de tratar clinicamente pessoas por não seguirem a heterossexualidade, a conhecida “cura gay”.
De acordo com a nova lei, isso é crime e os responsáveis serão punidos com multa por atentar contra a liberdade sexual e a segurança das pessoas LGBTQIA+.
Segundo a ministra da Igualdade de Gênero da França, Elisabeth Moreno, os métodos de “conversão” sexual aplicados desde 1950, submetem as pessoas a práticas absurdas. Sem contar que esses métodos não têm nenhuma base científica, ou médica, o que torna a pratica ilegal.
Multa pode chegar a 45 mil euros
Com a nova lei contra a ‘cura gay’, qualquer profissional da área da saúde, ou pessoa de qualquer atividade, que tente impor a heterossexualidade a outra pessoa sob a forma de um tratamento ou cura pode receber punição.
Entre elas, o responsável pode pegar até 3 anos de prisão e pagar 45 mil euros de multa. Em reais isso daria algo em torno de 269 mil reais.
Por que não existe cura gay?
Em 1990, a homossexualidade foi retirada da lista de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já virou consenso na comunidade científica mundo afora que a diversidade sexual é um traço da natureza, não um desvio de comportamento, doença, ou algo parecido. As pessoas nascem assim.
O hetero não aprende a ser hetero. Ele nasce assim, não é mesmo? O gay também!
Repare que pais gays podem ter filhos hetero. É o caso do Chico Chico, filho da cantora Cássia Eller com a esposa Maria Eugênia. Ver a relação das duas mães não induziu o cantor a ser gay também.
Repare também que dois irmãos, um gay outro não, foram criados pelos mesmos pais, com a mesma educação, na mesma casa e podem ser diferentes na orientação sexual. Cada um nasceu do seu jeito. São apenas seres humanos diferentes um do outro e merecem o mesmo respeito.
Lembre que ser gay não é defeito!
Psicólogos brasileiros
Aqui no Brasil, a Resolução N° 1/99 há 10 anos estabelece normas de atuação para psicólogos em relação à orientação sexual dos pacientes e proíbe procedimentos que caracterizem a homossexualidade como passível de tratamento.
“A orientação sexual e a identidade de gênero são questões inerentes ao indivíduo e se estruturam nos primeiros anos de vida. O profissional de saúde não deve interferir nisso. Seu papel é respeitar o paciente e auxiliá-lo nesse processo, que traz um estresse emocional e psicológico”, afirma o psiquiatra Marcelo Máximo Niel.
E o psiquiatra fez um alerta importante: “Pacientes que passam por terapias conversivas (de cura gay) podem desenvolver disfunções sexuais, intensificação de depressões e ansiedades e tendência suicida”, concluiu.
Com informações de CNN e GuiadoEstudante