Cinco adolescentes do Quênia são a personificação do “poder das meninas”. Eles querem acabar com o terror da mutilação genital feminina e para isso criaram um aplicativo inovador para celular.
O App das estudantes, que se chamam “The Restorers”- restauradoras, reparadoras, renovadoras, em inglês – é para que as vítimas dessa violência peçam socorro apenas com o toque em um botão.
Conhecido como i-Cut, o programa permite às meninas pedir ajuda e denunciar abusos para organizações respeitadas de aplicação da lei.
Quando utilizado por uma usuária, o aplicativo conecta a jovem com o aconselhamento jurídico, médico e terapêutico.
Por sua capacidade de invenção, as “The Restorers” foram convidadas para se tornarem as únicas africanas a participar do Technovation Challenge em Silicon Valley, Califórnia – uma competição para mulheres que estão usando tecnologia para resolver problemas em sua comunidade.
Se o i-Cut ganhar o desafio, a Technovation – que é patrocinada pelo Google e pela ONU – vai premiar a equipe US $ 15.000, mais de R$ 46 mil.
Infelizmente, a tradição da mutilação genital feminina está profundamente inserida na estrutura social de muitas aldeias africanas.
Algumas mulheres quenianas ainda estão sujeitas ao chamado “rito da passagem”.
“A Mutilação Genital Feminina é um grande problema que afeta meninas em todo o mundo e é um problema que queremos resolver”, disse Stacy Owino, membro da equipe, à Fundação Thomson Reuters .
“Toda essa experiência mudará nossas vidas. Se ganharmos ou não, a nossa perspectiva – de mundo e de possibilidades – terá que mudará para melhor “, concluiu.
Com informações do GNN