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Papa acolhe gays, defende mulheres e discussão do divorcio… é pop!

- Por Bruno M.
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Por Andréa Fassina “Se uma pessoa é gay e procura Deus e a boa vontade divina, quem sou eu para julgá-la?”.  A declaração do Papa Francisco, dada na viagem de volta a Roma, provocou surpresa em muita gente. Seja ou não apenas uma declaração, já está sendo considerada a forma mais generosa com a qual a Igreja se referiu aos homossexuais nos últimos séculos. Na mesma conversa informal com jornalistas ele avançou sobre outros temas delicados: exaltou o papel das mulheres, “mais importantes que os bispos”, e falou que a complexa questão do divórcio precisa ser enfrentada pela Igreja.

Na verdade ele surpreendeu desde sua posse: pelas opções nada comuns de quebra de protocolo com a dispensa do luxo.

Usou crucifixo de ferro, sapatos pretos, vestes mais discretas, anel do pescador em prata dourada – abandonando o tradicional de ouro – pela moradia mais modesta, a faxina no Vaticano, afastando as práticas de corrupção,.. Ele tem tantas atitudes e frases inesperadas que nem parece Papa. Do alto dos 76 anos, o que se viu na visita ao Brasil foi muita vitalidade: o papa bebeu mate, abraçou fiéis, desceu do papamóvel, abençoou crianças, jovens e adultos, visitou a favela, andou no meio do povo , entrou numa casa, distribuiu terços, fez orações. Brincou em vários momentos: Ao encontrar um amigo do clero, “Nossa eu pensei que você já tivesse morrido há muito tempo” (disse as gargalhadas), ou quando perguntaram sobre a velha rixa com os argentinos…”entramos numa negociação: o Papa é argentino e Deus é brasileiro”, tudo acompanhado de um sorriso fraternal. O Francisco amoroso, terno e de semblante sereno que acalmava só de olhar, ao mesmo tempo, pedia ação. Pediu coragem de “ir contra a corrente” e de “ser felizes” a cerca de 12 mil jovens no último evento público, no encontro com voluntários da Jornada Mundial da Juventude no Riocentro. Fez discursos duros contra a desigualdade social: “Eu peço a vocês que sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem; que se rebelem contra essa cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar a verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. Tenham a coragem de ser felizes!” O Francisco que se diz “sem medo” ficou entre o povo e seus seguranças, numa Avenida interditada no Rio. O Francisco da janela aberta, que dispensou o carro de luxo por um modelo simples, mais simples até que o da sua própria segurança. O Papa que se mostrou corajoso ao pedir que a juventude vá pras ruas, revolucione e ame ao mesmo tempo. Esse mesmo chefe da igreja recomendou ao prefeito do RJ que envie ovos para Santa Clara clarear o tempo da cidade chuvosa, em plena JMJ (Jornada Mundial da Juventude). Tradicional, mas moderninho, ele ainda extrapola carisma. Conquistou até seguidores de outras religiões, curiosos pra saber se ele é de verdade. Tanto que recebeu declarações de novos fãs cristãos, evangélicos, na missa do envio, de domingo: SANTO PADRE SOU EVANGÉLICO… MAS EU TE AMO! Ore por mim e pelo Brasil”, mostrava um cartaz no meio da multidão no Rio de Janeiro. Francisco dá abertura e se mostra à vontade pra usar sua facilidade com as massas e arrebanhar, com seu jeitinho simples, humilde. Humildade que o faz admitir sem sobressaltos que a Igreja tem que se aproximar dos fiéis. “É como uma mãe que se comunica com seu filho por cartas”, disse ele justificando a causa do abandono do catolicismo em vários países. A mesma firmeza nas palavras abrigavam sinceridade e amor ao próximo, no momento do adeus: “Dentro de alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes. Essas, estou certo, se tornarão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração, este povo tão amoroso”. Amoroso é você Francisco! Seu coração é enorme! Sua alegria e humildade então… contagiantes. Não foge ao título Francisco e a opção pelos pobres. Uma luz na repescagem dos fiéis do catolicismo e um exemplo a ser seguido. O Papa é um pai, Francisco é do povo e, de fato, está com ele. O Papa é Pop, o Papa é o pop…♫♪ Ah…e quando eu pensei que as surpresas tinham acabado… De volta a Roma, o Papa Francisco colocou a bola e a camiseta que ganhou de jovens da JMJ no altar da Basílica de Santa Maria Maior. E seguiu rezando.
andrea@sonoticiaboa.com.br

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