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Saúde

Depois de 20 abortos mulher consegue ser mãe: novo tratamento

- Por Bruno M.
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Foto: BBC Uma mulher que sofreu 20 abortos espontâneos, ao longo de 10 anos, conseguiu ter um filho após submeter-se a um tratamento originalmente destinado a combater malária e artrite reumatoide. A britânica Kelly Moseley havia sofrido 11 abortos espontâneos, todos por volta da 8º semana de gestação, quando resolveu procurar um especialista que viu na televisão, falando sobre o seu trabalho com mulheres que sofrem abortos recorrentes.

O Dr. Hassan Shehata descobriu que Moseley estava sendo atacada por “células assassinas naturais”, encontradas em seu corpo.

Inicialmente, Moseley continuou a sofrer abortos espontâneos – incluindo a perda de dois bebês aos cinco meses de gestação – até que, um ano após ter começado a tomar o hidroxicloroquina, ela descobriu que estava grávida. “Células assassinas naturais podem ser reduzidas, para algumas mulheres, com esteroides – mas no caso de Moseley isso não funcionou, então tentamos um tratamento antimalária, que também reduz o sistema imunológico,” explicou Shehata, sobre a decisão de tratá-la com hidroxicloroquina. Em 2012 Moseley, finalmente, ficou grávida de Tyler e, embora tenha tido uma gravidez complicada – ela teve pré-eclampsia, um aumento da pressão arterial – ele nasceu com segurança entre 28 e 29 semanas de gestação, pesando pouco menos de 1,5kg. Tyler nasceu em abril de 2013, e hoje tem nove meses de vida. Células assassinas O Dr. Shehata e seus colegas tinham passado muitos anos pesquisando porque o sistema imunológico de algumas mulheres rejeitam a gravidez, e seu trabalho foi focado em “células assassinas naturais”, que estão presentes nas células brancas do sangue de todas as pessoas. Ele disse: “Nós descobrimos que as células assassinas naturais de algumas mulheres são tão agressivas que atacam a gravidez, pensando que o feto é um corpo estranho – e isso é o que estava acontecendo com Moseley”. Shehata disse que Kelly foi a primeira paciente a receber o tratamento com hidroxicloroquina em forma de comprimido. Não é para todos “Eu ainda não posso acreditar que Tyler está aqui”, disse Moseley. “Eu simplesmente me recusei a desistir, e espero que a nossa história incentive outras mulheres. Eu nunca vou esquecer os bebês que perdi, mas Tyler faz tudo valer a pena”.  Moseley tentava engravidar desde que se casou em 2002. Shehata disse à BBC que ele, desde então, tratou entre 10 e 15 mulheres com o remédio e descobriu que a taxa de sucesso foi de 70%. “É importante dizer que não é um Santo Graal, não é para o tratamento de todos. Mas o hidroxicloroquina demonstrou ser muito seguro na gravidez”.  Com informações da BBC e Terra.

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