Por Gerson Belchior
Em outubro de 2010 foi lançado o Google TV. O produto foi um fracasso de vendas… Fracasso que a empresa pretende reverter com o recém lançado Chromecast, mais uma tentativa da empresa de ganhar um lugar de destaque na sua sala de estar.
Concorrência
O aparelho é concorrente direto do Apple TV e dos aparelhos da Roku, que praticamente dividiram em dois o mercado americano.
Aparentemente eles são muito semelhantes, mas a Google chegou com alguns diferenciais que já estão fazendo o mercado receber bem o aparelho recém lançado. O principais são:
Preço – Apenas US$ 35,00
Interatividade além do controle – É possível usar o smartphone ou tablet como um controle remoto
Tecnologia aberta – Desenvolvedores podem construir seus próprios apps usando as mesmas tecnologias tradicionais da web
As vantagens da Apple TV são oferecer ao usuário uma experiência mais completa, como já é praxe da empresa.
Mesmo usuários avessos a tecnologia, ou que não nunca tem trabalhado com computadores, conseguem facilmente usar o aparelho.
Basta conectar a à TV, ligar e começar a aproveitar conteúdo, sem falar de uma gigantesca biblioteca de filmes, séries de TV e músicas.
Além disso a interatividade de poder usar o smartphone ou tablet como um controle remoto já foi resolvida com o App Remote, disponível para iPhone e iPod touch.
(link em Remote https://itunes.apple.com/br/app/remote/id284417350)
E com o AirPlay, que reproduz remotamente o que estiver no seu dispositivo com iOS na sua TV HD e caixas de som, via Apple TV.
Tecnologia aberta ou fechada?
A Apple controla rigidamente quais apps, ou “canais” estão disponíveis na AppleTV.
As primeiras versões da Apple TV rodava uma versão simplificada do OS X (Sistema dos Macs), mas hoje é baseada em uma versão especializada do iOS (Sistema do iPhone).
É possível destravar o aparelho usando o conhecido “jailbreak” (programa que destrava os aparelhos da Apple para rodar qualquer app) no sistema operacional, mas oficialmente seus recursos não podem ser usados pelos desenvolvedores em geral.
Já a Google escancarou completamente sua plataforma.
O aparelho roda uma versão super simplificada do Chrome OS, e usa documentação padrão da web para exibir conteúdo, que incluem vídeos em alta definição, e tem a capacidade de interagir com um app rodando em um PC ou qualquer dispositivo móvel.
A exemplo do que aconteceu com a App Store no iOS, a decisão da tecnologia do Chromecast nascer aberta pode ser benéfica para todos.
Os desenvolvedores terão um mercado maior para seus produtos, os consumidores terão produtos melhores, e a Google consegue que o Chromecast se torne muito popular.
Problemas
Nem tudo são flores no lançamento da gigante das buscas.
Especialistas já encontraram alguns problemas no lançamento:
Baixo desempenho – Aparentemente a decisão pelo preço extremamente baixo também conferiu ao equipamento um poder igualmente baixo de processamento e memória, o deixando mais “lerdinho” que o seu concorrente principal.
Inacabado – Conforme a própria Google, o equipamento ainda não está totalmente pronto, sendo essa mais uma de suas versões “beta”.
Isso é um problema para os desenvolvedores, que podem ver seus programas virarem lixo com uma mudança de versão das ferramentas de desenvolvimento.
Se a Google conseguir resolver estes problemas, o Chromecast pode ser uma grande oportunidade de a empresa conseguir se fixar no mercado. Preço e tecnologia aberta costumam ser fatores positivos para conquistar consumidores.
gerson@sonoticiaboa.com.br
Fontes:
