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A fruta-pão é um super-alimento, rico em vitaminas e sais minerais, que pode ajudar a reduzir a fome no mundo.
Uma única fruta-pão, que pode chegar a pesar 3 kg, tem nutrientes suficientes para alimentar uma família de cinco pessoas.
E uma árvore deste fruto pode alimentar uma família durante 50 anos.
A conclusão da pesquisadora “Diane Ragone, do Jardim Botânico Tropical Hawai, foi publicada esta semana na New Scientist.
A cientista estuda a fruta-pão desde os anos 80.
Ela analisou centenas de variedades provenientes de 34 países e criou um instituto dedicado analisá-la.
Rica em nutrientes e livre de glúten
A a fruta-pão é uma importante fonte de carboidratos e proteínas, e não contém glúten, considerado um dos inimigos da alimentação do século XXI.
O alimento também é uma excelente fonte de antioxidantes, cálcio, carotenoides, fibras, ferro, magnésio, omega 3, omega 6, fósforo, potássio, proteínas, vitamina A e vitamina C.
Outra vantagem: ela pode ser consumida em todos os estágios: desde a fase em que se encontra verde (funcionando mais como uma espécie de vegetal semelhante a batata) até à fase madura.
Pode ser comida crua, cozida, assada ou mesmo seca.
E serve ainda para produzir uma farinha sem glúten a partir da sua polpa.
Pode erradicar 80% da fome mundial
Um dos objetivos do instituto criado por Diane é incentivar a produção de fruta-pão nos países mais atingidos pela fome.
Dados do site oficial do instituto mostram que mais de 80 por centro das 925 milhões de pessoas afetadas pela fome vivem em regiões onde é possível cultivar a fruta.
“Antigamente, na Polinésia, havia a tradição de plantar uma árvore de fruta-pão cada vez que nascia uma criança, porque já se sabia que essa árvore garantiria alimento para a criança durante o resto da sua vida”, conta a especialista na New Scientist.
A equipe de Diane Ragone está investigando agora as variedades que melhor se adaptam a determinados climas e qual o tipo de fruta-pão contém mais nutrientes.
Origem
A fruta-pão pertence à família Morácea, conhecida nos meios científicos como Artocarpus.
É originária da região indomalásia principalmente das ilhas de Java e Sumatra, sendo cultivada em todas as ilhas do arquipélago asiático e espalhadas em regiões de todo o mundo.
No Brasil, seu cultivo foi introduzido no século XIX.
Foi D. Francisco de Souza Coutinho, governador do Pará, quem mandou adquirir em Caiena – Guiana Francesa, em 1801.
Nesse mesmo ano remeteu sementes e mudas ao Maranhão, originando assim, a dispersão da planta que se adaptou muito bem ao clima de algumas regiões, como no Pará e na Bahia.
A fruta-pão também encontrada no litoral dos demais estados nordestinos e, em número reduzido, na região Sudeste e extremo Norte do Brasil.
A árvore se desenvolve melhor nas regiões baixas e chuvosas.
Produção
Os pesquisadores querem agora encontrar uma forma de fazer com que a árvore comece a dar mais frutos e mais cedo.
Os cientistas conseguiram criar uma variedade de árvores que além de serem mais robustas começam a florescer dois anos depois de serem plantadas, ou seja, três anos mais cedo do que é habitual.
Com informações do Boas Notícias
