Foto: Arquivo Pessoal
O talento de um jovem brasiliense de 19 anos, com síndrome de Down, vai levá-lo à Itália para mostrar 10 das suas telas na Galleria Nazionale Dell’Umbria.
Mas, pra que isso aconteça todos os amigos e simpatizantes estão na mobilização para ajudar o artista.
Primeiro o Fundo de Apoio a Cultura, o FAC negou o pedido de passagem alegando que Lucio era incapaz.
A mãe de Lucio, a artista plástica e escritora Lurdinha Danezy Piantino, contou ao SoNoticiaBoa que depois da denúncia nas redes sociais, o FAC mandou um documento anulando o parecer e responsabilizando um funcionário e que haveria nova análise do pedido.
Assim, a luta continua.
Para arrecadar dinheiro incluindo todos os custos da viagem, a família de Lucio continua firme na campanha com rifas para sortear uma de suas telas que estão na página dele no Facebook. O sorteio será dia 20 de dezembro.
Show e apoio
Todos os amigos se juntaram para organizar também um show beneficente com bandas e grupos e teatrais que está sendo produzido para financiar essa viagem e deve acontecer no dia 20 de novembro.
E ele não esconde a empolgação para mais este desafio, que faz parte da Terceira Edição do Polimaterico, projeto que tem como foco a acessibilidade das pessoas com deficiência à arte contemporânea.
“Gosto muito de frio e sei que lá vai estar no inverno. Quero conhecer gente e provar comidas gostosas”, conta o artista.
“Ele não é uma pessoa com síndrome de Down que pinta, mas um pintor que tem síndrome de Down”, explica a mãe.
A pintura surgiu na vida de Lucio muito cedo: além de sua mãe, seu pai, Lourenço Bem, e seu avô, Glênio Bianchetti, seguiram o caminho das artes plásticas.
Por causa do preconceito contra a síndrome de Down, Lurdinha precisou retirá-lo da escola aos 13 anos e utilizou a pintura para preencher o tempo do filho.
O passatempo virou profissão.
Documentário
Em 2013, Lucio ganhou também um documentário sobre sua história. “De arteiro a artista” foi exibido no 5º Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência — Assim Vivemos.
Desde a infância, Lucio teve cada progresso registrado, em fotos e vídeos, pela mãe.
“Existe um mito de que as pessoas com deficiência estão condenadas a um atraso de desenvolvimento”, desabafa Lurdinha.
Assista:
Com informações do Correio Braziliense e SóNotíciaBoa
