Casal adota 29 filhos… e quer mais 2 !

Foto: BBC
Um casal adotou 29 filhos e juntando com os 5 biológicos, agora tem 34.
Jeane e Paul Briggs, são dos Estados Unidos e começaram essa aventura em 1985, quando Jeane viu na igreja a foto de um menino cego, que vivia num orfanato no México e tinha vários danos cerebrais e lesões por todo o corpo, por ter sido vítima de maus tratos.
Solidário, o casal foi buscar Abraham, que hoje tem 31 anos, é músico e está noivo.
“Eu o vi e tive a certeza de que ele poderia ser nosso filho”, contou Jeane à BBC.
A família dos 29 filhos adoptados vive no estado norte-americano da Vírginia Ocidental, considerado um dos mais pobres do país, e tem crianças da Ucrânia, Gana, Rússia e Bulgária.
A maioria é do sexo masculino, meninos rejeitados, como Joseph, de 12 anos, originário da Ucrânia. Ele foi perseguido por ter lábio leporino – aquela fissura de nascença entre o lábio superior e o nariz – e o palato fendido.
“Agora tenho uma família e não tenho de me preocupar com o que ficou para trás. Quando estava no orfanato, poderia ter morrido, ou ter me tornado um sem-teto. A vida tem sido ótima comigo apesar das minhas necessidades especiais”, explica Joseph.
Outro dos meninos resgatados é Andrew, uma criança com deficiência mental que, aos cinco anos, quando foi retirado de um orfanato na Bulgária, pesava 7,5 kg.
Estas crianças têm aulas em casa e muitos deles já conseguiram ir para a universidade e licenciarem-se.
Novas adoções
E o casal quer mais: está num processo de adoção de mais dois bebês carentes do Gana.
“Eles têm três meses de idade e foram abandonados no mato”, conta Jeane, que terá 36 filhos assim que processo for concluído, no mês que vem.
“Não consigo esperar, é tão emocionante”, contou Cate, uma das filhas, à BBC.
“Eles são como um presente de Natal”, acrescenta outra filha, Leah, de 21 anos.
“Quando cheguei à casa vi um monte de gente correndo para me abraçar. Estou tão contente de estar aqui. Não sei o que faria se não estivesse aqui, nem sei se estaria viva sequer”, diz Tia, uma ucraniana de 18 anos.
Ela foi adotada pelo casal Briggs, com suas duas irmãs, após ambas terem perdido a mãe e o avô, vítimas de tuberculose, e mais tarde o pai, assassinado.
Muitas das crianças não têm família nos seus países de origem, outras nunca souberam nada dos seus parentes, mas algumas, por incentivo de Jeane, vão mantendo contato com os seus familiares, através do telefone, e de fotografias enviadas, que a mãe adotiva faz questão de mostrar para os filhos adotados saberem que os seus descendentes estão bem.
Tempo de adoção
Cada adoção demorou prazos distintos – o mais rápido levou cerca de dois meses, o mais longo só ficou concluído após um ano e meio.
Em muitos casos, Jeane e Paul conseguem acelerar o processo de adoção devido às necessidades médicas de algumas crianças.
Antes de cada adoção, a matriarca pergunta ao resto da família se concordam com a decisão.
Casa adaptada
Durante estes 29 anos, a casa dos Briggs tem sido adaptada, à medida que mais crianças vão chegando.
Atualmente, a residência tem 9 quartos: 2 deles são semelhantes a dormitórios.
A casa fica em um terreno com cerca de 5 mil metros quadrados e está com mais do dobro do tamanho original.
Custo
Todas as semanas, esta família gasta, em média, 1.000 dólares (2.600 reais), ou 4 mil dólares por mês (quase 10.500 reais) despesa que sai do “bom salário” de Paul.
Quem administra o dinheiro é Jeane, para garantir que cubra todas as despesas.
“Não somos uma família diferente, não queremos ser uma família tradicional. Desafio as pessoas a virem aqui para nos visitar”, disse Jeane.
“Desde criança que sabia que iria adoptar e ter uma família enorme. Todas as crianças merecem ter uma família que lhes dê amor”, diz Jeane, que está casada há 38 anos com Paul.
Com informações da BBC
Matéria sugerida por Karen Gekker