Aluno de 14 passa em medicina na federal

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Por Bruno M.
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Foto: Eugenio Barreto/Divulgação
Imagine entrar na faculdade com 14 anos, estudando em escola pública.
E ainda passar em medicina em uma universidade federal.
José Victor Menezes Teles, mostrou que isso é possível sim!
Ele obteve nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) suficiente para ser calouro do curso de medicina da UFS (Universidade Federal de Sergipe) esta semana: 751,16 pontos na prova e 960 na redação. 

O garoto de corpo franzino é aluno do 1º ano do ensino médio do Colégio Estadual Murilo Braga, em Itabaiana (SE), a 52 km da capital, Aracaju.

Ele conta que sempre gostou de ler, estudar e apontou os pais, ambos professores da língua portuguesa na rede pública, como principais motivadores.

“Eles sempre acreditaram no meu potencial. Sempre me incentivaram e eu sempre corri atrás de meus objetivos”, disse.

Como
Segundo o garoto, ele se dedicava a estudar 5 horas por dia, fora o tempo da escola.
Para treinar, usou a estratégia recomendada por dez entre dez professores: fazer provas anteriores.

Se ele percebia dificuldades, como foi o caso de assuntos de química e física, buscava reforço.
 “Durante as férias fiz cursinho aqui em Itabaiana e Aracaju”, lembrou.

Internet 
José Victor se diz um aficionado usuário de internet e a utilizou como uma ferramenta importante nos estudos. 
“A internet me ajudou muito através das vídeoaulas, nas consultas, nas dúvidas”, disse o garoto, lembrando ainda que a rede mundial de computadores também lhe servia como fonte de lazer.

Briga na justiça
Agora, ele aguarda uma decisão judicial para poder comemorar a vitória.
O garoto, apesar da pontuação no Enem, não concluiu o ensino médio — exigência da UFS para se matricular.

“Não se coloca limite de idade para ingressar na Universidade Federal de Sergipe”, afirmou o diretor do departamento de administração acadêmica da UFS, professor Antônio Edilson do Nascimento.

Já a secretaria estadual de Educação não pode lhe conceder o certificado de conclusão do ensino médio por causa da sua idade.

Apenas jovens com mais de 18 anos, com pontuação de 450 e que não tenham zero na redação, podem pedir um certificação.

Os pais de José Victor entraram na Justiça pedindo para que a Secretaria de Estado da Educação conceda ao filho o direito de realizar a prova de proficiência e, portanto, um certificado que lhe ateste o ensino médio.

“Não se mede a capacidade pela idade. Estou sim preparado para cursar medicina. Era meu sonho e estou perto”, respondeu o adolescente, mais velho entre quatro irmãos.

Com informações do UOL