ONGs compram 100 cães que iriam virar comida

Fotos: Change For Animals Foundations
Ativistas conseguiram impedir a morte de mais de 100 cachorros, que virariam comida no oriente.
As ONGs Humane Society International e Change For Animals Foundations deram dinheiro a um fazendeiro da Coreia e um plano que lhe permitirá mudar de ramo de negócios.
Os cachorros foram vacinados há um mês e voarão nesta semana para a Califórnia, onde serão adotados.
O fazendeiro agora será monitorado para não voltar a vender cães para negócios envolvendo o comércio da carne do animal.
Ele também concordou em conversar com outros fazendeiros, para encorajá-los a deixar de vender cães para consumo.
As ONGs não divulgaram o valor pago ao fazendeiro nesse caso específico, mas normalmente as compensações giram em torno de US$ 2 mil a US$ 60 mil.
“Nosso objetivo é colocar um fim na indústria de consumo de carne de cachorro na Coreia. E para isso, estamos trabalhando com os integrantes dessa indústria”, diz Lola Webber, britânica fundadora do Change for Animals.
Mudança cultural
À medida que os sul-coreanos estão ficando mais ricos, as atitudes e as preferências estão começando a mudar.
Animais de estimação estão ficando mais populares e, assim, a ideia de se ter um cachorro no prato está sendo menos aceita.
De um lado, há cada vez mais restaurantes e cafés “dog friendly”.
De outro, restaurantes que servem cães estão fechando as portas.
Seul já teve 1.500 locais que vendiam esse tipo de carne – hoje, há cerca 700.
Mas comer carne de cachorro é parte da cultura local, especialmente durante o verão, quando ocorre um conhecido festival de três dias que servem pratos com esse tipo de carne.
A carne geralmente é picada e servida em um guisado. Mas, cozida por um longo tempo, é o principal ingrediente de um tônico com supostas propriedades curativas, em geral vendido em lojas próximas de hospitais.
Com informações da BBC