“O mundo não é só aqui”, como disse o poeta.
Astrônomos da Nasa descobriram mais de cem planetas do tamanho da Terra orbitando outras estrelas.
E eles também identificaram nove pequenos planetas dentro das chamadas zonas habitáveis, onde as condições são favoráveis para a existência de água em estado líquido e, potencialmente, para a existência de vida.
As descobertas fazem parte de uma lista de 1.284 novos planetas detectados pelo telescópio espacial Kepler, mais do dobro do registro anterior do telescópio.
A Nasa afirma que foi o maior anúncio de novos exoplanetas – como são chamados planetas que orbitam estrelas fora do sistema solar.
Timothy Morton, da Universidade de Princeton em Nova Jersey, afirmou que a grande maioria dos exoplanetas encontrados pelo Kepler estão na categoria de superterra – de 1,2 a 1,9 vez maior do que o raio da Terra – e um tamanho menor do que o de Netuno – entre 1,9 e 3,1 vezes maior do que o raio da Terra.
Cientistas da agência espacial americana apresentaram as novas descobertas em uma teleconferência na terça-feira.
Planetas habitáveis
“Cerca de 24% das estrelas abrigam planetas potencialmente habitáveis que são menores do que cerca de 1,6 vez o tamanho da Terra. É um número que gostamos pois é abaixo deste tamanho que estimamos que os planetas têm a chance de serem rochosos”, disse Natalie Batalha, cientista da Missão Kepler no Centro de Pesquisas Ames, na Califórnia
“Se você se perguntar onde pode estar o planeta habitável mais próximo, está a cerca de 11 anos-luz, o que é muito perto”, acrescentou.
Mais parecidos
Entre as descobertas do telescópio Kepler até agora, os planetas Kepler-186f e Kepler-452b são provavelmente os mais parecidos com a Terra em termos de propriedades como tamanho, temperatura da estrela em volta da qual orbitam e energia recebida desta estrela.
Natalie Batalha afirmou que as novas descobertas, Kepler-1638b e Kepler-1229b, são exemplos intrigantes na busca por planetas habitáveis.
Batalha disse que a missão Kepler é parte de um “objetivo maior e estratégico de encontrar prova de vida além da Terra: saber se estamos sozinhos ou não, saber… como a vida se manifesta na galáxia e qual é a sua diversidade”.
“Ser capaz de olhar para um ponto de luz e conseguir dizer: ‘Aquela estrela tem um mundo vivo orbitando à sua volta.’ Acho que isto é muito profundo e responde questões sobre porque estamos aqui”, acrescentou a cientista.
Com informações da BBC