Encontrado um poema inédito de Fernando Pessoa!
Ele foi descoberto em um caderno de autógrafos que foi trocando de mãos.
A relevação foi feita por um biógrafo na véspera do dia de aniversário do poeta português, que completaria neste 13 de Junho 128 anos.
Em 2005 achou-se que era um rascunho de Poemas de Fernando Pessoa, 1915-1920, numa edição de João Dionísio para a Imprensa Nacional – Casa da Moeda, em Portugal.
É que o tal poema sem título, começa pelo verso Cada palavra dita é a voz de um morto, parecido com outro publicado antes, mas que Pessoa manteve só os dois primeiros versos.
Os demais foram reescritos – em alguns casos, alterando radicalmente o próprio sentido original do texto, ou foram excluídos, com numerosos acréscimos.
Leia:
Cada palavra dita é a voz de um morto.
Aniquilou-se quem se não velou,
Quem na voz, não em si, viveu absorto.
Se ser Homem é pouco, e grande só
Em dar voz ao valor das nossas penas
E ao que de sonho e nosso fica em nós
Do universo que por nós roçou;
Se é maior ser um Deus, que diz apenas
Com a vida o que o Homem com a voz:
Maior ainda é ser como o Destino
Que tem o silêncio por seu hino
Com informações de OGlobo