País obriga 50% de mulheres em cargos públicos. É lei!

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Por Só Notícia Boa
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Nicola Sturgeon - Foto: Russell Cheyne / AFP

Direitos iguais para homens e mulheres. Agora a polícia, os bombeiros, colégios, universidades e outras instituições públicas da Escócia terão que garantir metade das vagas para profissionais do sexo feminino.

Uma lei aprovada pelo Parlamento torna o país o primeiro da região do Reino Unido a “corrigir a escassa representação das mulheres nos conselhos públicos”, disse a ministra de Igualdade do Executivo escocês, Angela Constanc.

“As mulheres representam 51% da nossa população, mas estão pouco representadas em postos de tomada de decisões. Isto não é aceitável e em 2018, simplesmente não deveria acontecer”, afirmou.

A norma estipula que, a partir de 2022, a proporção de mulheres a ocuparem postos executivos de um organismo público deve ser de pelo menos 50%.

O regulamento será aplicado a equipes de gestão de colégios, universidades e alguns organismos públicos, incluídos os conselhos de saúde, as agências empresariais, a polícia e os bombeiros.

História

A aprovação da medida ocorre em um momento no qual os debates sobre o sexismo no trabalho e a brecha salarial entre homens e mulheres estão muito presentes na opinião pública britânica.

A última questão se desencadeou depois que uma jornalista da BBC se demitiu ao descobrir que ganhava menos do que alguns de seus companheiros, o que levou outras profissionais da emissora a pedirem aumentos de salário.

A ministra de Igualdade do Executivo escocês, Angela Constance, disse que a norma criará “uma Escócia mais justa” que caminhará “para a destruição do teto de cristal de uma vez por todas”.

A presidente do grupo de ativistas “Mulheres 50:50”, Talat Yaqoob, os serviços públicos são utilizados majoritariamente por mulheres, por isso, considerou “justo” que elas tenham poder de decisão.

Emma Ritch, diretora-executiva da organização feminista Engender, destacou que é “crucial” que tais órgãos de direção “incluam mulheres de diferentes entornos socioeconômicos, mulheres negras e de minorias étnicas, além de lésbicas, gays, bissexuais e transgênero”.

Com informações da EFE e G1