Alunas arrecadam absorventes para mulheres em situação de rua

Alunas de uma escola pública de Campinas, no interior de São Paulo, estão arrecadando absorventes para doar a mulheres em situação de rua na cidade.
As estudantes fizeram um trabalho de campo e ficaram chocadas ao saber que no período menstrual mulheres que vivem nas ruas usam miolo de pão, roupas sujas e até sacolas plásticas para conter o fluxo.
Esse trabalho se transformou no projeto “Mulheres Invisíveis” que pretende dar visibilidade às sem-teto e aos problemas que elas enfrentam.
As autoras do projeto são três estudantes de 16 a 17 anos do colégio estadual Culto à Ciência: Larissa Silva Oliveira, de 17 anos, Yandra Ribeiro dos Santos, de 16, e Luana Barbosa Moreira, também de 16.
Elas criaram o projeto em uma das disciplinas eletivas da escola, de iniciação científica, no final do ano passado.
Elas pretendiam criar um absorvente biodegradável para fornecer às mulheres em situação de ruas, mas descobriram um projeto semelhante de uma universidade do Paraná e decidiram criar o “Mulheres Invisíveis”, que arrecada principalmente absorventes diários, mas também aceita outros itens de higiene, como desodorantes, pastas e escovas de dente.
A primeira entrega do projeto já foi feita e agora as meninas têm trabalhado para arrecadar mais itens.
Agora elas pretendem criar um PL (Projeto de Lei) para tornar obrigatória a distribuição de absorventes em centros de saúde.
A experiência
Larissa, do 3º ano, ficou chocada com o que viu nas ruas.
“Foi bem chocante a experiência… algumas pessoas têm a cidadania tirada”, afirmou.
Yandra contou que elas criaram uma relação com uma liderança das mulheres que moram nas ruas, tiveram mais contato com o mundo delas e aprenderam como elas lidam com diversas questões, não só da menstruação.
“O que mais me choca é o fato de que elas têm que se submeter a várias coisas como forma de subsistência. Muitas se prostituem para comprar comida, ou escolhem entre comer ou comprar absorvente na farmácia”, disse.
Já Luana ficou impressionada ao saber como elas lidam com período menstrual. Além das sacolas plásticas ou miolo de pão, algumas ficam sentadas no chão enquanto aguardam o ciclo menstrual terminar.
“São histórias de abuso físico e sexual, e você vê que o maior motivo das mulheres estarem nas ruas é por abuso do companheiro. Muitas não têm família, amigos, falta apoio”.
A professora que orientou o projeto das meninas, Aloísia Laura Moretto, conta que o fato do projeto ter se tornado uma ação social acabou envolvendo toda a comunidade escolar, influenciando também alunos, pais e professores.
Boa ideia para ser copiada em qualquer parte do país, não acha?
Com informações do ACidadeOn
Espalhe notícia boa nas suas redes sociais. Siga o SNB no:

Tunico fez 1 ano: o cachorro magrinho que vivia na rua, foi adotado, engordou e está lindo; vídeo
Sai o ranking dos 20 bilionários mais generosos; doaram fortunas para caridade
Casal que adotou e engravidou faz vídeo para comemorar o amor dos dois filhos
Homem ajuda menino que vendia paçoca com Pix errado e paga o prejuízo da criança; vídeo
Cachorrinhos resgatados de casa imunda ganham vida nova e serão cães farejadores da polícia
Prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, põe mulheres na transição e exalta imigrantes como ele
Linkin Park no Brasil; veja setlist, horários e o que esperar dos shows
COP 30: veja os países que já doaram ao Fundo para Financiar Florestas Tropicais
Aberto concurso da Caixa com salário de R$ 15 mil; veja como se inscrever
Príncipe William tira fotos nos mesmos lugares que Lady Di, no Rio, e reacende saudade